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sábado, 30 de novembro de 2013

A lição da História

Existe diferença entre disciplinas dentro da escola? Existe uma disciplina melhor que a outra?

Momento de reflexão!

Um dia, uma tarde ensolarada, uma aula de filosofia onde se discutia sobre princípios de política, um aluno me pergunta:
- Professor, o que é o "poder" ou como se ter "poder"? (as aspas representam a expressão que aluno fez com as mãos).
Não pensei muito e lhe respondi assim:
- Carinha, o Conhecimento é Poder, mas não o Conhecimento pelo próprio conhecimento, mas sim o Conhecimento aplicado. O real poder não vem das armas, da política e nem do dinheiro. Quem tem e sabe o usar o Conhecimento é que tem Poder.

E não é verdade? Quanto pais super ricos, políticos, militares, que não conseguem conversar com o único filho por dez minutos, enquanto que um professor pelo menos convive por 11 meses com mais de 300 alunos, ouvindo seus conflitos, dando conselhos, participando de momentos de alegria e de tristeza dos mesmos, mantendo, de uma turma com 35 alunos, pelo menos a metade, focados em assuntos como "política", poder, etc.

Quem tem o Poder?

É verdade, Conhecimento é poder realmente, mas o Conhecimento Humanizado.

Acabo de ligar a TV, e assinto uma matéria de um quadro de um programa, onde o foco é  inovação dos jovens na área das ciências da natureza. Três jovens do interior do Rio Grande do Norte desenvolvem um processo de aproveitamento de cera de abelha para a conservação de frutas (já que nesta região elas duram pouquíssimo tempo). Mas o que fiquei mais impressionado é com o seguinte fato: Quais os professores, e de quais áreas, envolvidos com o projeto? De Física, de Química ou de Biologia?

Nada disso!

A ideia dos alunos veio inspirada na história dos faraós que usavam cera para conservar suas frutas no calor do deserto, ou seja, o primeiro Professor (com letra maiúscula) envolvido foi o professor de História, que foi além do conteúdo, contando curiosidades. Mas os professores das disciplinas citadas? Acharam que os jovens não iam conseguir nada e não quiseram apoiar a experiência com a cera. A próxima Professora envolvida foi a professorinha de séries iniciais que apoiou os jovens, e hoje eles conquistam o prêmio que pode lhes dar a patente desta inovação que pode transformar a vida da região onde moram.

Então, tem ainda pessoas que me perguntam, pra que serve estudar História. As vezes, tenho vontade de dizer o seguinte:

"Realmente não serve para nada, apenas para mostrar os erros e acertos do passado, para que não caiamos nas mesmas desgraças de povos que já pereceram, para que o Conhecimento seja repassado as próximas gerações, para que a cada nova geração não tenhamos que inventar a roda e domar o fogo, enfim, o Homem sem História simplesmente não existe.

E quanto as disciplinas que os seus respectivos professores se negaram a auxiliar os jovens? Bom, a estes eu apenas peço: Estudem a História da Humanidade, e tornem-se Humanos antes de "cientistas", pois os pais de suas ciências foram antes de tudo filósofos e historiadores.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Coaching

Uma grande novidade hoje em dia é o Coach, que na minha opinião e experiência tem tudo a ver com educação.

Outra coisa, que não é novidade alguma é que todos temos problemas, e como é difícil resolve-los, não é verdade?

Bom, que tal dar uma olhada nesta matéria aqui e tentar fazer algo para mudar!

http://abcdcoach.blogspot.com.br/2013/11/quer-mudar-de-vida-ii.html

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A História de Chanuká

A Ocupação Síria

Há mais de 2000 anos, o rei selêucida Antiochus III governava Israel. A princípio, ele tratava com bondade os judeus e lhes dava alguns privilégios; porém quando os romanos o derrotaram, Antiochus forçou os povos de seu império a fornecerem o ouro necessário para pagar os tributos romanos. Seu filho e sucessor, Seleucus IV, continuou a opressão.

Porém o pior conflito causado pela ocupação síria de Israel veio de dentro, com o crescimento do poder dos judeus "helenistas", que adotaram a cultura grega idólatra. O Cohen Hagadol, Sumo Sacerdote, Yochanan, previu o perigo dessa influência. Enfurecidos por essa oposição, os helenistas tentaram fomentar o conflito entre o Rei Seleucus e Yochanan.

"Louco!"

Logo, Seleucus foi assassinado e seu irmão Antiochus IV tornou-se rei. Um tirano cruel, Antiochus zombava da liberdade religiosa. Era chamado "Epifânio" (amado pelos "deuses"), porém um historiador contemporâneo, Polebius, chamou este rei perverso de "Epimanes", que significa "louco".

Esperando impôr uma religião e cultura comuns, Antiochus negou a liberdade religiosa aos judeus, suprimindo a Lei da Torá. Ele instalou o irmão de Yochanan em seu lugar, o helenista Jason, como ele chamava a si mesmo em grego – que passou a divulgar os costumes gregos no sacerdócio. No entanto, seu amigo helenista Menelau expulsou Jason.
Enquanto isso, Antiochus empreendeu uma guerra bem-sucedida contra o Egito. Roma exigiu que ele parasse, e ele cedeu. Em Jerusalém, nesse interim, espalharam-se boatos da morte acidental de Antiochus, e o povo se rebelou contra Menelau, que fugiu.

Mártires

Antiochus soube DA rebelião em Jerusalém; já furioso por ter suas ambições frustradas no Egito, enviou seu exército para atacar os judeus, matando milhares. Emitiu então decretos severos proibindo a religião judaica, confiscando e queimando Rolos de Torá. Guardar o Shabat, realizar a circuncisão e cuidar as leis dietéticas eram agora castigadas com a morte. Apegando-se à sua fé, milhares de judeus sacrificaram a própria vida.

Matityahu…

Por fim, os soldados de Antiochus chegaram à aldeia de Modi’in. Construíram um altar na praça principal e exigiram que Matityahu, um sacerdote idoso e líder da comunidade, oferecesse sacrifícios aos deuses gregos. Ele recusou, professando a lealdade do seu povo ao pacto de D’us com Israel.

Quando um judeu helenista aproximou-se para oferecer um sacrifício, Matityahu agarrou a espada e matou-o. Seus filhos e seguidores mataram muitos invasores e perseguiram os restantes, depois destruíram o altar. Matityahu sabia que Antiochus certamente enviaria soldados; então ele e um bando de seguidores fugiram rumo às colinas da Judéia.

…e filhos

À beira da morte, Matityahu conclamou seus filhos a continuarem sua luta. Um irmão, Shimon "o Sábio", os guiaria; outro os lideraria na guerra, Yehudá, "o Forte" – chamado Macabeu, um acrônimo do hebraico "Mi Camocha Ba’e-lim Hashem" – "Quem é como Tu, ó D’us".

Antiochus enviou Apolônio para eliminar os Macabeus. Embora maior e mais bem equipado, o exército de Apolônio foi derrotado pelos Macabeus, que agora derrotavam uma tropa síria atrás da outra. Antiochus decidiu mostrar seu poder militar para esmagar o corajoso pequeno bando de judeus. Mais de 40000 soldados sírios foram enviados à luta. Após uma série de batalhas, os Macabeus venceram!

Uma pequena ânfora

Em seguida, os Macabeus foram libertar Jerusalém. Tiraram do Templo os ídolos ali colocados pelos sírios. Construíram um novo altar, consagrado a 25 de Kislêv de 3595 (165 AEC).

Os sírios tinham roubado a Menorá de ouro do Templo, portanto os Macabeus imediatamente fizeram uma nova, porém de metal menos nobre. Embora o azeite impuro pudesse ser usado para acender a lamparina do Templo se necessário, eles insistiram em usar apenas a única ânfora de azeite com o selo do ultimo Sumo Sacerdote justo, Yochanan.

Aquela pequena e única ânfora, contendo azeite somente para um dia, durou os oito dias, conforme comemoramos todos os anos: os Oito Dias de Chanucá.

Retirado de: http://www.chabad.org.br/datas/chanuca/index.html

domingo, 3 de novembro de 2013

ABCD Coach

Coach é como um "treinador", um profissional com várias qualificações, que tem por objetivo mostrar ao cliente uma nova forma de pensar e agir para solucionar os problemas mais pertinentes.

O cliente neste aspecto é chamado de Coachee, e o trabalho propriamente dito é chamado de Coaching. Existem vários tipos e práticas de coaching, desde coaching financeiro, empresarial, pessoal, etc.

O Coaching de vida é um dos tipos de coaching mais demandado por pessoas, dos tipos mais variados. Isto se deve ao fato dos excelentes resultados existentes nos mais amplos aspectos.

Problemas financeiros, de relacionamentos, emocionais, entre vários outros são alguns dos exemplos que podem ser contornados a partir das ferramentas do Coaching de vida, sendo assessorado por um com Coach deste nicho.

Entre em contato!!!

https://www.facebook.com/abcdcoach



sábado, 2 de novembro de 2013

Deus Existe? Considerações de René Descartes

Abaixo transcrevo um trecho do livro "Discurso do Método" de René Descartes, onde o filósofo afirma, de acordo com a filosofia, a existência de uma potencia criadora e mantenedora do universo, no qual conhecemos como Deus.

Abaixo link para download do livro:

"Afinal, se ainda há homens que não estejam totalmente convencidos da existência de Deus e da alma, com as razões que apresentei, quero que saibam que todas as outras coisas, a respeito das quais se consideram talvez certificados, como a de possuírem um corpo, existirem astros e a Terra, e coisas parecidas, são ainda menos certas. Pois, apesar de se ter dessas coisas uma certeza moral, que é de tal ordem que, salvo sendo-se extravagante, parece impossível colocá-la em dúvida; contudo, ao que concerne à certeza metafísica, não se pode negar, a não ser que não tenhamos bom senso, que é motivo suficiente para não possuirmos total segurança a respeito, o fato de observarmos que podemos da mesma maneira imaginar, ao estarmos dormindo, que temos outro corpo, que vemos outros astros e outra Terra, sem que isso seja verdade. Pois, de onde sabemos que os pensamentos que nos surgem em sonhos são menos verdadeiros do que os outros, se muitos, com freqüência, não são menos vivos e nítidos? E, mesmo que os melhores espíritos estudem o caso tanto quanto lhes agradar, não acredito que possam oferecer alguma razão que seja suficiente para dirimir essa dúvida, se não presumirem a existência de Deus. Pois, em princípio, aquilo mesmo que há pouco tomei como regra, ou seja, que as coisas que concebemos bastante evidente e distintamente são todas verdadeiras, não é correto a não ser porque Deus é ou existe, e é um ser perfeito, e porque tudo o que existe em nós se origina dele. De onde se conclui que as nossas idéias ou noções, por serem coisas reais e oriundas de Deus em tudo em que são evidentes e distintas, só podem por isso ser verdadeiras. De maneira que, se temos muitas vezes outras que contêm falsidade, só podem ser as que possuem algo de confuso e obscuro, porque nisso participam do nada, ou seja, são assim confusas em nós porque nós não somos totalmente perfeitos. E é evidente que não causa menos aversão admitir que a falsidade ou a imperfeição se originam de Deus, como tal, do que admitir que a verdade ou a perfeição se originem do nada. Porém, se não soubéssemos de maneira alguma que tudo quanto existe em nós de real e verdadeiro provém de um ser perfeito e infinito, por claras e distintas que fossem nossas idéias, não teríamos razão alguma que nos garantisse que elas possuem a perfeição de serem verdadeiras."

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Um buraco negro que você pode visitar e sobreviver


Quer uma viagem através de um buraco negro, sem ter a experiência incômoda da morte? Você está com sorte. Há um tipo especial de buraco negro que pode levá-lo a um outro tempo, ou talvez até um outro universo.

Buraco negro
Os buracos negros são, tradicionalmente, as coisas mais assustadoras do universo. Enormes e misteriosos, eles vagam pelo universo sugando tudo o que se aproxima deles – qualquer coisa que ultrapassa o limite chamado “horizonte de eventos” não pode mais voltar, nem mesmo a luz. Uma vez que nem mesmo um fóton pode voltar quando atravessa essa barreira, nenhum evento que acontece dentro do horizonte de eventos pode ter um efeito sobre as pessoas de fora.

Mas há um tipo especial de buraco negro – chamado buraco negros em rotação -, que foi descoberto na década de 1960 pelo físico Roy Kerr. Não foi exatamente um choque, porque a maior parte do material que cai em um buraco negro já está girando. Às vezes, porém, a rotação de buracos negros vai um pouco além. Já virou um copo de água ou garrafa de refrigerante, de modo que o líquido dentro acaba formando um redemoinho? Às vezes, se você girar o suficiente, o líquido deixa um centro aberto e um anel de líquido girando em torno dele. O mesmo tipo de coisa pode acontecer em buracos negros de Kerr. Em vez de uma singularidade no centro, há um anel. E você pode passar por ele sem ser dilacerado.
O que há do outro lado? Muitas pessoas se perguntam. Algumas pessoas pensam que este tipo de buraco negro pode ser a chave para a viagem no tempo. Eles podem ser buracos de minhoca que nos permitem saltar entre diferentes pontos do universo. Ou eles podem ser portais para diferentes universos. Primeiro vamos ter de encontrar um, e depois vamos precisar de alguns voluntários para entrar neles. Você toparia?

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Teste de DNA revela que o "pai" de todos os humanos viveu há 340 mil anos

Descoberta demonstra que o ancestral masculino mais antigo de nossa espécie é duas vezes mais velho do que se pensava.

Por Maria Luciana Rincon Y Tamanini em 07/03/2013
disponivel em: http://www.megacurioso.com.br/genetica/35817-teste-de-dna-revela-que-o-pai-de-todos-os-humanos-viveu-ha-340-mil-anos.htm

Segundo o site New Scientist, um teste de DNA realizado nos EUA revelou que o nosso ancestral mais antigo viveu há 340 mil anos, o que significa que o “pai” da nossa espécie é duas vezes mais velho do que se pensava. A descoberta ocorreu por acaso, depois que um parente de Albert Perry — um norte-americano afrodescendente falecido recentemente — decidiu enviar uma amostra de DNA do homem para a realização de uma análise genealógica.

De acordo com a publicação, a amostra de DNA de Perry foi enviada ao laboratório Family Tree DNA — especializado em detalhar árvores genealógicas —, e quando os técnicos tentaram encaixá-lo na genealogia do cromossomo Y, os pesquisadores perceberam que a amostra de Perry era completamente diferente de todas as demais já estudadas.

Muito mais antigo

Todas as análises de DNA realizadas até o momento para rastrear os nossos ancestrais mais antigos sempre chegaram a um ancestral masculino comum, uma espécie de “Adão genético”, que provavelmente viveu entre 60 e 140 mil anos atrás. Entretanto, a amostra de Perry revelou que ele não era descendente desse Adão, mas sim de um ancestral masculino que viveu muito antes disso, há cerca de 340 mil anos.

Os fósseis mais antigos de humanos anatomicamente modernos de que se tem notícia contam com aproximadamente 200 mil anos de idade, e a linhagem do material genético de Perry parece ter surgido bem antes do que as dos demais humanos. Uma possível explicação é que o cromossomo Y de Perry tenha sido transmitido por uma população arcaica já extinta, que possivelmente se relacionou com os humanos modernos em algum ponto do passado.

Curiosamente, os pesquisadores compararam o DNA de Perry com informações disponíveis em uma base de dados da África com quase 6 mil amostras de cromossomo Y. Os cientistas encontraram semelhanças entre o material de Perry e o de outros 11 homens, todos provenientes de um único vilarejo localizado nos Camarões, o que, por sua vez, pode ser uma indicação do local de origem dos ancestrais de Perry.

domingo, 20 de outubro de 2013

Somo todos irmãos

Um crânio fossilizado datado de 1,8 milhão de anos na Georgia pode indicar que espécies antigas de humanos, como o  ’Homo habilis’, ‘Homo rudolfensis’ e ‘Homo erectus’, eram na verdade uma mesma espécie – mas com aparências variadas. A descoberta pode obrigar os pesquisadores a reescrever a história da evolução do homem.
O crânio foi descoberto em 2005 junto com vários ossos de animais e ferramentas de pedra, e é o crânio antigo mais intacto já descoberto pelos cientistas. O que os surpreendeu foram algumas características peculiares, como uma pequena caixa craniana, um rosto comprido e um grande maxilar, que nunca haviam sido descobertos juntos anteriormente, o que desafia as divisões criadas para distinguir as espécies dos ancestrais do homem. Segundo os pesquisadores, isso significa que o Homo habilis, o Homo rudolfensis e o Homo erectus eram uma espécie única, com esqueletos que pertenciam à pessoas com diferentes aparências.
Era justamente na variação no formato dos crânios dos ancestrais humanos que os pesquisadores se baseavam para classificá-los como espécies diferentes, mas eles sempre enfrentaram diversos problemas para entender como a evolução teria acontecido, isto é, qual das espécies teria dado origem aos homens modernos, conhecidos como Homo sapiens.
Junto ao crânio, foram encontrados restos mortais de outros quatro indivíduos. De acordo com o estudo que durou oito anos, todos eles estão associados ao mesmo período histórico, o que também indica que todos os fósseis pertenceram à uma única espécie – o Homo erectus.
Desse modo, a ideia de diversas espécies Homo pode ser derrubada. O Homo erectus surgiu na África e se adaptou em vários ecossistemas, dando origem ao homo sapiens, conclui o estudo. 

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Fenadi 2013 - A Polêmica Etnica

Fenadi 2013, e mais uma polêmica no ar, a presença ou não de Indígenas no parque da feira.
Por ser um tema delicado, vale sempre a pensa ressalta alguns pontos fundamentais.

Em primeiro lugar, devemos analisar qual o caráter da Fenadi. Por mais que seja a “Festa Nacional das Culturas Diversificadas”, uma de suas intenções era a de “resgatar” alguma coisa da cultura dos grupos “colonizadores” que vieram para tornar possível a existência da colonia que surgia após a criação da picada conceição.

Na vila formada, que veio a se tornar a cidade de Ijuí, infelizmente foram assentadas famílias de colonos europeus oriundos das colonias velhas, e não foram assentados ameríndios. Logo, esta festa ou feira, é definida em cima daqueles grupos étnicos dos colonos apenas que se organizaram e hoje mostram sua culinária (de fato) e cultura (será?) anualmente junto a expoijui-fenadi.

Mostrado então o caráter da feira, vamos analisar o seguinte: será que caberia dentro desta temática colocar representantes de etnias ameríndias gaúchas na festa? Creio que não, pelo menos neste contexto da festa/feira. Agora, que os mesmos merecem sim um reconhecimento, e um espaço, não apenas na feira, mas na sociedade em si, a resposta é sim. Mas não é fácil e nem simples.

O primeiro erro que muitos aqui cometeram é identificar os “índios” como um único grupo étnico e pronto. Esta erradíssimo este pensar, porque só na região onde esta assentada Ijuí, historicamente contávamos com dois grandes grupos representantes de nações indígenas diferentes, que são o grupo Tupi-guarani, que hoje estão pelas ruínas (Nação Guarani) e os representantes linguísticos do tronco Macro-Jê, que passamos a conhecer como kaingang. Outro erro grotesco, além do preconceito racial velado em algumas palavras é achar que “índio” e “branco” são coisas diferentes, e que apenas o “branco” que é civilizado e que o “índio” não tem direito de usar as coisas dos “brancos”. Imaginem a cena a 500 anos atrás. Pessoas civilizadíssimas, portanto suas armas, cavalos, armaduras, doenças, com sede de ouro, numa cultura que conhecemos como idade moderna, chegam a uma terra desconhecida para eles e encontram pessoas que ainda viviam no período neolítico. O que será que poderia acontecer? Os povos americanos foram massacrados, mutilados, violentados por este medíocre homem “civilizado” e aqueles que sobraram foram jogados diretos do neolítico para a idade moderna, queimando etapas primordiais no seu desenvolvimento. Ou alguém aqui acha que os europeus já surgiram no globo usando calças jeans e tomando coca-cola? Até parte da idade média os povos arianos eram tão selvagens quanto eram os ameríndios, basta aqueles que quiserem saber das origens, hábitos e costumes dos povos germânicos (que deram origem a maior parte dos povos que são representados na Fenadi) lerem o livro “Germania” de Tácito, um historiador do Império Romano.

O famoso movimento Neo-Paganismo surgiu aonde em pleno século 20? nesta mesma Europa civilizada, afim de resgatar uma cultura politeísta e animista dos tempos da antiguidade ariana, onde deveriam arder os altares a Odin, Thor e outros tantos deuses que ansiavam por rituais e orgias sexuais, que creio serem incondizentes com o ideal de civilização moralista imposta aos ameríndios. Já os ibero europeus (portugueses e espanhóis), se tornaram civilizados usurpando a cultura de quem mesmo? Claro dos Muslim, ou muçulmanos, na sua maioria da etnia bérbere, negros do norte da africa. Vejam só uma etnia negra, convertida a uma cultura semítica, apresentou a cultura, talheres e até mesmo o uso de roupas às culturas europeias, que ironia para os que defendem a supremacia de raça não é? Enfim, o fato é que sempre haverá o interculturalismo, ou seja, a mescla de culturas, pois se assim não o fosse, nossa cidade se chamaria outra coisa e não Ijuhy, teria algum nome nórdico, germânico, etc.

Dizer que tem índio que é quase igual a branco é a mais pura e clara forma de preconceito que em pleno século 21 é incabível de existir num meio dito civilizado. Os indígenas podem e devem cultuar sua tradição e costumas, da mesma forma que os gaúchos, os descendentes de alemães, mas não é por isso que vemos os gaúchos só andando a cavalo por ai, não é? Ou alemães com suas bermudinhas e chapeuzinhos andando pelo centro todos os dias? Porque os “índios” não podem cultuar seus costumes, línguas, tradições, religião e usar jeans, ouvir MP3, ou jogar PlayStation? Quanta ignorância. Mas se abrirem espaço para construir quem sabe uma casa étnica para representantes indígenas da região, tem sim que ficar claro a existência de grupos como os kaingang, guarani, e outros que tenham existido. E não dizer que tudo é índio, pois se assim for, então acabem com a metade das casas étnicas de hoje e englobem numa única casa só com a alcunha de “germanos”. Enfim, a questão indígena é muito delicada e infelizmente existe muito preconceito e porque não dizer, uma certa ignorância histórica.

Se a questão é se deve-se ou não criar um espaço para os “índios”, é claro que sim, mas com o devido respeito e importância que os mesmos merecem, e principalmente que nós historiadores, os ajudemos a resgatar a historia que os ditos civilizados fizeram questão de destruir, pois hoje se os indígenas estão na condição que estão é porque perderam sua cultura, destruída pelos colonizadores, e pelo preconceito de pessoas que os vem como diferentes do homem branco e que não devem ter uma vida contemporânea, com todas as comodidades que temos.

E que fique claro que índios, semitas, arianos, caminitas, etc, somos todos homo sapiens sapiens, com culturas diferentes, mas que ao se encontrarem contribuem de sobremaneira para a formação de uma terceira cultura, que no nosso caso é a cultura “ijuiense”, gaúcha, brasileira. Viva a liberdade e principalmente o respeito cultural.


O que é o Socialismo

Introdução 
Do ponto de vista político e econômico, o comunismo seria a etapa final de um sistema que visa a igualdade social e a passagem do poder político e econômico para as mãos da classe trabalhadora. Para atingir este estágio, deveria-se passar pelo socialismo, uma fase de transição onde o poder estaria nas mãos de uma burocracia, que organizaria a sociedade rumo à igualdade plena, onde os trabalhadores seriam os dirigentes e o Estado não existiria.
Características do socialismo 
Diferentemente do que ocorre no capitalismo, onde as desigualdades sociais são imensas, o socialismo é um modo de organização social no qual existe uma distribuição equilibrada de riquezas e propriedades, com a finalidade de proporcionar a todos um modo de vida mais justo. 
Sabe-se que as desigualdades sociais já faziam com que os filósofos pensassem num meio de vida onde as pessoas tivessem situações de igualdade, tanto em seus direitos como em seus deveres; porém, não é possível fixarmos uma data certa para o início do comunismo ou do socialismo na história da humanidade. Podemos, contudo, afirmar que ele adquiriu maior evidência na Europa, mais precisamente em algumas sociedades de Paris, após o ano de 1840 (Comuna de Paris). 
Na visão do pensador e idealizador do socialismo, Karl Marx, este sistema visa a queda da classe burguesa que lucra com o proletariado desde o momento em que o contrata para trabalhar em suas empresas até a hora de receber o retorno do dinheiro que lhe pagou por seu trabalho. Segundo ele, somente com a queda da burguesia é que seria possível  a ascensão dos trabalhadores. 
A sociedade visada aqui é aquela sem classes, ou seja, onde todas as pessoas tenham as mesmas condições de vida e de desenvolvimento, com os mesmos ganhos e despesas. Alguns países, como, por exemplo, União Soviética (atual Rússia), China, Cuba e Alemanha Oriental adotaram estas idéias no século XX. A mais significativa experiência socialista ocorreu após a Revolução Russa de 1917, onde os bolcheviques liderados por Lênin, implantaram o socialismo na Rússia.
Porém, após algum tempo, e por serem a minoria num mundo voltado ao para o lucro e acúmulo de riquezas, passaram por dificuldades e viram seus sistemas entrarem em colapso. Foi a União Soviética que iniciou este processo, durante o governo de Mikail Gorbachov (final de década de 1980), que implantou um sistema de abertura econômica e política (Glasnost e Perestroika) em seu país. Na mesma onda, o socialismo foi deixando de existir nos países da Europa Oriental. 
Atualmente, somente Cuba, governada por Fidel Castro, mantém plenamente o sistema socialista em vigor. Mesmo enfrentando um forte bloqueio econômico dos Estados Unidos, o líder cubano consegue sustentar o regime, utilizando, muitas vezes, a repressão e a ausência de democracia.
Correntes
Existem várias correntes do socialismo, entre elas as principais são: socialismo democrático, socialismo árabe, socialismo africano, comunismo, eco-socialismo, social anarquismo, social democracia, socialismo utópico, socialismo de mercado e socialismo revolucionário.
Países atuais que seguem o socialismo e são unipartidários:
- República Popular da China, República Popular Democrática da Coreia (Coreia do Norte), República de Cuba, República Socialista do Vietnã e República Democrática Popular do Lao
Socialismo real
O que é (definição)
O socialismo real foi um sistema econômico e político que foi implantado na URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) e consolidado no governo de Josef Stalin (1924 a 1953). É chamado de socialismo real, pois foi colocado em prática em vários países.
Onde existiu e período
Além da União Soviética, o socialismo real foi implantado em diversos países no período subsequente ao fim da Segunda Guerra Mundial. Cuba, China, Coreia do Norte e os países do leste europeu aliados à União Soviética (Hungria, Tchecoslováquia, Albânia, Romênia, Polônia, Iugoslávia, Bulgária e Alemanha Oriental).
O socialismo real vigorou na maioria destes países até o final da década de 1980 e início da década de 1990, quando ocorreram as revoluções no leste europeu, o fim da União Soviética e a Queda do Muro de Berlim. O socialismo real continuou existindo apenas em Cuba e na Coreia do Norte.
Principais características:
- Planificação da economia;
- Estatização dos meios de produção (fábricas, unidades de produção agrícola e bancos);
- Centralização do poder nas mãos de um único partido de orientação socialista;
- Implantação de um sistema forçado de redistribuição de renda, através de controle de salários e atividades econômicas. Este sistema visava acabar com os desiquilíbrios econômicos e desigualdades sociais característicos do sistema capitalista.




O que é o Comunismo

Podemos definir o Comunismo como uma doutrina ou ideologia (propostas sociais, politicas e econômicas), visando a criação de uma sociedade sem a presença de classes (ou castas) sociais. De acordo com esta ideologia, todos os meios de produção (fazendas, fábricas, minas de exploração, etc) passariam a pertencer ao governo, pois deixariam de ser privados e se tornariam públicos.
No campo politico, o Comunismo defende a total ausência do "Estado".
Imaginemos agora uma sociedade assim na prática, pois até agora grandes sociedades comunistas existiram apenas em teoria, sem a fiscalização do Estado (pois este deixaria de existir), como ficariam os serviços básicos à população, como saneamento básico, saúde, educação, segurança?
Se tudo torna-se público, tudo torna-se estatal, ou seja, do Estado. Mas se este Estado inexiste, como que as coisas seriam estatais ou públicas sem este "órgão gestor"?
Quem faria o recolhimento do lixo, tratamento do esgoto, iluminação, etc, já que não se tem empresas privadas ideologicamente e nem estatização de forma politica?

Podemos ver neste brevíssimo resumo que a doutrina Comunista é boa, mas apenas para sociedades pequenas e homogêneas, ou seja, não tem como se aplicar a Estados Politicamente constituídos como os países que conhecemos.

Será que o Comunismo seria uma solução? Ou pelo exposto seria uma grande incoerência?

Para saber mais sobre a Doutrina Comunista recomendamos a leitura das seguintes obras:
O Capital -  de Karl Marx
O Manifesto do Partido Comunista - de Karl Marx e Friedrich Engels

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O que é Religião - III

Dentro de tudo aquilo que já foi exposto em outros post sobre a mesma temática e com o mesmo título, iremos agora expor de forma prática e simplória, mas que servirá de base aos próximos estudos sobre o que podemos definir por Religião.
Além de um sistema ideológico possuir regras rígidas e causar transformações sociais para ser definido como religião (vide http://alboberro.blogspot.com.br/2010/11/o-que-e-religiao-i.html), podemos ainda englobar os vários sistemas religiosos dentro de alguns tipos, como os citados abaixo:

Politeístas - Religiões que tem por base a crença em várias divindades, vários deuses criadores, mantenedores e destruidores. Exemplo: Hinduísmo.

Dualistas ou Duoteístas - Religiões que tem por base a crença em dois deuses (divindades) ou duas forças que regem o universo inteiro. Entendemos que estas divindades não possuem um equilíbrio como em crenças orientais, não são complementares, mas sim combatentes. Exemplo: Zoroastrismo.

Monoteístas - Religiões que tem por base a crença em um Único Deus. Únicas religiões monoteístas atualmente são: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo.

Panteístas - Religiões que acreditam que tudo e todos fazem parte de um único deus, uma única divindade, como se cada ser no universo fosse uma célula do "corpo" desta divindade. O Jainismo e o Taoísmo seriam tipos de crenças panteístas.

Animistas - Religiões que tem por base a crença em almas (anima) ou espíritos da natureza que controlam e regem o universo. Segundo esta ideologia, qualquer ser humano ao morrer pode ser incorporado ao panteão destas divindades, destes grandes espíritos protetores. Exemplo: Candomblé e Xintoísmo.

Ateístas - Religiões que acreditam na inexistência de qualquer divindade ou ser superior. Exemplo: Budismo.


segunda-feira, 8 de julho de 2013

Religião protoindo-europeia


A existência de similaridades entre as deidades e práticas religiosas dos povos indo-europeus permite o vislumbre de uma religião e de uma mitologia comuns proto-indo-européia. A religião hipotética teria sido a ancestral da maioria das religiões pré-cristãs da Europa, das religiões dármicas da Índia, e do zoroastrismo no Irã.
Indicadores da existência desta religião ancestral podem ser detectados pela associação entre línguas e costumes religiosos dos povos indo-europeus. Para pressupor que esta religião ancestral existiu, de qualquer forma, alguns detalhes permanecem baseados em conjecturas. Enquanto costumes religiosos similares entre os povos indo-europeus podem fornecer evidências para uma herança religiosa comum, um hábito compartilhado não necessariamente indica uma fonte comum para tal hábito; algumas destas práticas podem bem ter se desenvolvido num processo de evolução paralela. As evidências arqueológicas, onde alguma possa ser encontrada, são difíceis de se adaptar a uma cultura específica. A melhor evidência é então a existência de palavras cognatas e nomes nas línguas indo-européias.

Sacerdotes

Os principais funcionários da hipotética religião proto-indo-européia teriam sido mantidos por uma classe de sacerdotes ou xamãs. Há evidências de monarquias sagradas, sugerindo que o rei tribal ao mesmo tempo assumia a função de sumo sacerdote. Esta função teria sobrevivido até o século XI na Escandinávia, quando os reis poderiam ainda ser destronados por se recusarem a servir como sacerdotes. Muitas sociedades indo-européias conheciam uma divisão tríplice de classes: o clero, a classe guerreira e os camponeses ou lavradores. Tal divisão foi sugerida para a sociedade proto-indo-européia por Georges Dumézil.
A adivinhação era executada pelos sacerdotes, por exemplo, a partir de partes de animais sacrificados. Os pássaros também tinham uma função na adivinhação.
Exemplos dos descendentes desta classe nas sociedades históricas indo-européias seriam os druidas celtas, os brâmanes indianos, os flâmines latinos e os magos persas. As religiões indo-européias históricas também tinham sacerdotisas, como os hieródulos (templo de prostitutas), dedicado às virgens, ou oráculos, por exemplo, as virgens vestais romanas, as sibilas e as volvas germânicas.

Panteão

Os lingüistas são capazes de reconstruir os nomes de algumas deidades em PIE a partir de nomes que ocorrem em ampla difusão e em mitologias antigas. Algumas dessas deidades propostas são mais aceitas por alguns que por outros acadêmicos.
Os proto-indo-europeus devem ter feito distinção entre gêneros diferentes de deuses, tal como o Aesir e o Vanir da mitologia nórdica e os titãs e os deuses olímpicos da mitologia grega. Possivelmente, havia o *Deiw-o-, literalmente "celestial, aqueles do céu/luz do dia" (Deva, Daimon, variante apofônica de *Dyēus), e o *Ansu-, literalmente "espíritos, aqueles com a força vital" (Aesir, Asuras, Ahura).

Deidades amplamente aceitas

Dyēus Ph²ter - acredita-se que tenha sido o nome original do deus do céu iluminado e o deus principal do panteão indo-europeu. Ele sobreviveu no grego Zeus (caso genitivo Diòs), no latim Júpiter, no sânscrito Dyauṣ Pitar, no báltico Dievas, no germânico Tiwaz (norueguês antigo Tyr, alto alemão antigo Ziu), no armênio Astwatz e no gaulês Dispater (também Deus pater na Vulgata).

*Plth²wih² Mh²ter (Dg'hōm) - acredita-se que tenha sido nome de uma deusa Mãe Terra. Outro nome da Mãe Terra indo-européia seria *Dhghom Mater, como no albanês Dhe Motë, no avéstico Zamyat, no eslavo Mati Zemlja, no lituano Žemyna, no letão Zemes Mate e no grego Demeter.

Um deus do trovão, possivelmente associado ao carvalho, e em algumas tradições sincretizado com Dyeus. O nome *Perkwunos do radical *Per-kw- ou *per-g- é sugerido pelo balto-eslavo*Perkwunos, norueguês Fjörgyn, albanês Perëndi e védico Parjanya. Uma raiz onomatopéica *tar continua no gaulês Taranis e no hitita Tarhun. Uma palavra para "trovão" era *(s)tene-, continuada no germânico *Þunraz (trovão personificado),que evoluiu para Thor.

h²aus-os- - acredita-se que tenha sido a deusa da aurora, continuada na mitologia grega como Eos, em Roma como Aurora, em védico como Ushas, na mitologia lituana como Aušra oruAuštaras, em armênio como Astghik e possivelmente também na mitologia germânica como Eostre.

Propostas especulativas

Deuses adicionais podem incluir:
O grego Posídon era originalmente um deus ctônico, um deus da terra ou do submundo, a partir de poti daon, "senhor de Da", comparável com Deméter a partir de Da mater, "mãe Da". Outra etimologia pode ser proposta, com *don se referindo a "as águas", como a deusa védica dos rios, Danu, que compartilha o nome com a deusa mãe celta. Posídon sendo "o mestre das águas", mais de acordo com as funções de um deus do mar (e possivelmente também o suposto oceano celestial ou abismo aquático).
Welnos, talvez um deus do céu noturno, ou do submundo, continuado no sânscrito Varuna, no grego Urano (que também é uma palavra para céu), no eslavo Veles, no armênio Aray e no lituano Velnias.
Gêmeos divinos, irmãos da virgem do Sol ou deusa da aurora, filhos do deus céu.
Deve ter existido um deus do mar, conhecido em persa e em védico como Apam Napat, em celta como Nechtan, em etrusco como Nethuns, em germânico como Njord, e em latim como Neptunus, possivelmente chamado *Néptonos.
As deidades Sol, *Sawel, e Lua *Menot/Men-, possivelmente filhos gêmeos do deus céu supremo *Dyeus, continuaram na religião hindu como Surya e Mas, na religião iraniana como Hvar e Mah, na grega como Hélio e Selene (estes foram depois abandonados, dando lugar às deidades anatólias importadas Apolo e Ártemis), na mitologia latina como Sol e Luna, na mitologia germânica como Sol e Mani, na mitologia báltica como *Saulē e *Mēnō. O esquema usual destas deidades celestiais é o de que um é masculino e a outra feminina, apesar de os gêneros exatos do Sol ou da Lua tenderem a variar nas mitologias subseqüentes indo-européias.

A redução de Fantalov

De acordo com o acadêmico russo Alex Fantalov, há apenas cinco arquétipos principais para todos os deuses e deusas de todas as mitologias indo-européias. Ele também propõe que estes cinco arquétipos eram possivelmente as deidades originais do panteão pré-PIE. Estes, de acordo com Fantalov, são:
Deus do céu
Deus do trovão
Deus da Terra/submundo
Herói cultura Deusa mãe
Os deuses do céu e do trovão eram divindades celestiais, representando a classe dominante da sociedade, e nas culturas subseqüentes eles foram com freqüência unidos em um único e supremo deus. Por outro lado, a deusa Terra e o herói cultural eram deuses terrestres, ligados à natureza, à agricultura e às artes, e nas culturas subseqüentes foram divididos em mais deidades quanto mais complexas as sociedades se tornavam. E enquanto parece ter existido alguma inimizade entre o deus do trovão e o deus da Terra (que pode ser ecoado em mitos sobre batalhas de vários deuses do trovão e um inimigo astuto), o herói cultural parece ser um tipo de semideus filho do dus céu ou do deus do trovão, e que foi considerado o ancestral da raça humana, o "psicopompo" ("guia de almas"). Junto com a natureza da deusa mãe, que era a esposa do deus céu dominante, o herói cultural dessa forma equilibrava-se entre a divindade celestial do deus do céu/trovão e o mais ctônico deus da terra/submundo.
Outros acadêmicos contestam o uso da redução de Fantalov a apenas cinco deidades, ou a estas deidades em particular, como formas originais.

 

Mitologia

Parece ter havido uma crença em uma árvore mundo, que na mitologia germânica era um fraxinus (em norueguês Yggdrasil; Irminsul), no Hinduísmo era um baniano, na mitologia lituana Jievaras, um carvalho na mitologia eslava e uma aveleira na mitologia céltica. Na mitologia grega clássica, a comparação mais próxima desse conceito é o monte Olimpo; todavia, há também uma tradição folclórica posterior sobre a árvore mundo, que está sendo serrada pelos Kallikantzaroi (duendes gregos), talvez um empréstimo de outros povos.
Um mito comum que pode ser encontrado entre quase todas as mitologias indo-européias é uma batalha final com a destruição de uma serpente, freqüentemente um dragão de algum tipo: exemplos incluem Thor vs. Jormungand e Sigurd vs. Fafnir na mitologia escandinava; Zeus vs. Tifão, Cronos vs. Ofíon, Apolo vs. Píton, Héracles vs. Hidra e Ladão, e Perseu vs. Ceto na mitologia grega; Indra vs. Vritra no Vedas; Perunú vs. Veles, Dobrynya Nikitich vs. Zmey na mitologia eslava; Teshub vs. Illuyanka na mitologia hitita; Θraētaona e depois Kərəsāspa vs. Aži Dahāka no Zoroastrismo e na mitologia persa. Há também histórias análogas em outras mitologias próximas: Anu ou Marduque vs. Tiamat na mitologia suméria; Baal ou El vs. Lotan ou Yam na mitologia levantina; Miguel e Cristo vs. Satanás (na forma de um dragão de sete cabeças), a Virgem Maria esmagando uma serpente na iconografia católica romana, São Jorge vs. o dragão na mitologia cristã. O mito simbolizava um confronto entre as forças da ordem e do caos (representado pela serpente) e o deus ou herói venceria sempre. É então mais provável que lá exista algum tipo de dragão ou serpente, possivelmente com muitas cabeças (conforme Śeṣa, a Hidra e Tifão) e provavelmente ligado ao deus do submundo e/ou das águas, assim como aspectos de serpente podem ser encontrados em muitas deidades indo-européias aquaticas e/ou ctônicas, como por exemplo as muitas deidades aquáticas gregas, notavelmente Posidão, Oceano, Tritão, Tifão (que carrega muitos atributos ctônicos não especificamente ligados ao mar), Ofíon e também o eslavo Veles. Posivelmente chamado *kʷr̥mis ou algum nome cognato a *Velnos/Werunos ou a raiz *Wel/Vel- (sânscrito védico Varuna, que é associado às serpentes naga, Vala e Vṛtra, eslavo Veles, báltico velnias), ou serpente (hitita Illuyanka, sânscrito védico Ahis, iraniano azhi, grego ophis e Ofíon e latim anguis), ou o radical *dheubh- (grego Tifão e Píton).
Relacionado ao mito de destruição do dragão é o mito do "Sol na rocha", onde uma deidade guerreira heróica fende uma rocha onde o Sol ou o amanhecer estava aprisionado. Tal mito é preservado no Vala rigvédico, onde Ushas e as vacas, roubados pelos Panis e foram aprisionados, são ligados a outros mitos de abduções para o mundo dos mortos tal como os mistérios de Eleusis ligados com Perséfone, Dionísio e Triptolemos.
Deve ter havido um tipo de espírito natural parecido com o deus grego  e os Sátiros, com o deus romano Fauno e os Faunos, com o deus celta Cernunnos e os Dusii, eslavo Veles e os Leszi, o védico Pashupati, Prajapati e Pushan, o germânico Woodwose, elfos e anões; deve ter havido uma fêmea cognata parecida com as ninfas greco-romanas, as vilas eslavas, a huldra do folclore germânico, a hindu Apsarás, a persa Peri. Um tipo similar possível de espírito pode ser encontrado na mitologia judaica, Azazel e o Se'irim, assim como na mitologia árabe, o gênio.
Deve também ter havido um cão selvagem ou lobo guardião do submundo, tal como o grego Cérbero e o norueguês Garm. Também é provável que eles tivessem três deusas do destino, como as Nornas da mitologia norueguesa, as Moiras da mitologia grega, Sudjenice do folclore eslavo e Deivės Valdytojos da mitologia lituana.
O primeiro ancestral dos homens era chamado de *Manu-, tal como o germânico Mannus e o hindu Manu.
O Sol era representado cavalgando numa biga.

Desenvolvimento

As várias culturas descendentes indo-européias continuaram elementos da religião proto-indo-européia, sincretizando-os com inovações e elementos estrangeiros, notavelmente com elementos do Oriente Próximo Antigo, as reformas de Zoroastro e Buda, e o desenvolvimento do Cristianismo e do Islã.


Retirado de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3o_protoindo-europeia