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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Teoria Marxista do Estado e das Classes Sociais

Ao se pensar uma teoria do Estado, nos remetemos a Karl Marx, que desenvolveu a mais interessante e provocativa teoria econômica do Estado, isto visto que na época em foi desenvolvida, nenhum economista havia começado a considerar a questão.

Para Marx o Estado é o instrumento na qual uma classe domina e explora outra classe. O Estado seria necessário a proteger a propriedade e adotaria qualquer política de interesse da burguesia, seria o comitê executivo da burguesia.

No manifesto comunista, Marx e engels, explicitam que o poder político, adequadamente assim denominado, é meramente o poder organizado de uma classe para oprimir a outra.

Assim veremos que a teoria de Estado elaborada por Marx, é derivada do que Marx teorizava como classes sociais, onde para este autor, a luta entre as mais variadas classes é o configura a história de toda sociedade, uma história construída por grupos de interesse organizados, as classes sociais. Classes que são egoístas, não lhe importam os interesses nacionais, seus interesses estão acima do nacional, muito menos as classes opositoras.

Para Marx as classes não seriam somente um grupo de que compartilha de um certo status social, mas é definida em relações de propriedade. Para ele havia aqueles que possuíam o capital produtivo, com o qual expropriavam a mais-valia, constituindo assim a classe exploradora, de outro lado estava os assalariados, os quais não possuíam a propriedade, constituindo assim o proletariado.

Desta maneira vemos que Marx definiu a classe, ao invés de relacionada com a posição social ou do prestigio de seus membros, relacionou esta com a propriedade produtiva, ou seja detentores de capital ou não. Isto porque se fossem relacionadas como a posição social, as classes de renda distintas não comungariam dos mesmos interesses.

Numa sociedade capitalista os membros desta, ou as classes sociais, perdem ou ganham, a partir do momento em que os preços e salários se alteram, assim seus interesses estariam ligados a estas perdas e ganhos, reunindo desta forma neste interesses de uma classe. Interesses estes que seriam econômicos, e que para sua superação em relação a outra classe são usados todos os métodos, inclusive a violência, que poderia ser usada na revolta dos explorados contra os exploradores que controlam a expropriação da mais-valia.

Marx desprezava qualquer grupo que considerava a natureza do homem como sendo benevolente, pois se a classe é egoísta o individuo também é, que era atribuído segundo Marx, a ideologia burguesa e ao sistema capitalista, pois A burguesia ... não deixou que restasse nenhum outro nexo entre homem e homem além de um cru interesse individual, de um invisível pagamento à vista. Pág 119as ideologias mascaravam todo o processo de exploração, onde por exemplo se levava a evangelização, que por sua vez transformaria o bárbaro em trabalhador disciplinado, e submisso àqueles que Deus aprovou em colocar acima dos explorados.

Em síntese, Marx via os indivíduos agindo para satisfazer seus interesses, pois estes teriam interesses próprios egoístas, mas muitos críticos acreditam que muitas pessoas não se interessam com classe, e nem sabem quais são os interesses de sua classe.

Para um membro da burguesia, op importante era concentrar-se em interesses pessoais, pois um único burguês não poderia escolher o governo, por isso devia-se ignorar este processo, e se beneficiar do governo que agiria de acordo com o interesse de sua classe, mas onde não cabia ao próprio burguês lutar para a constituição deste governo. Da mesma forma um proletário, que por sua fez se achasse beneficiado pelo governo, não se revoltaria contra o burguês.

Isto porque se beneficiaria, tanto se participasse de revoltas, como se beneficiaria se não participasse. Assim a ação de classe, nos padrões marxista, seria o compromisso de qualquer grande grupo latente que busca atingir seus objetivos coletivos. A classe nesses padrões seriam um grande grupo de indivíduos que decorreriam da posse ou não da propriedade produtiva ou capital. Onde cada individua acha benefícios próprios, portanto um tipo de legislação de classe, não oferece incentivos para que os indivíduos ajam com consciência de classe, pois, esta favoreceria mais a classe como um todo, do que indivíduos dentro desta classe.

Nestas análises vemos que Marx oferece, uma teoria baseada no comportamento individual racional e utilitário. Para o autor, Marx é incoerente em sua teoria, pois é difícil segundo o autor, acreditar que um comportamento irracional poderia promover a força para todas as mudanças sociais, que se simpatiza com visão de Joseph Schumpeter, de que a teoria marxista das classes sociais seria uma irmã aleijada de sua mais abrangente Interpretação Econômica da História. Pág 124, porque segundo o autor, Marx não tinha uma ação de classe irracional e não-econômica em sua mente.

A Teoria Marxista E As Classes Sociais publicado 26/02/2007 por Wellington José Campos em
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/1190/1/A-Teoria-Marxista-E-As-Classes-Sociais/pagina1.html#ixzz1PyNJPxzR

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