sábado, 16 de agosto de 2014

O perigo do partidarismo nas universidades!

Velho Judeu se protegendo de bombardeios vindos de gaza
O perigo do partidarismo nas universidades ou a propaganda do Hamas entrando em cena...

Esta semana presenciei um "fato histórico" que muito me preocupou como professor, historiador e judeu.
O fato ocorreu em plena universidade aqui da cidade, a Unijuí, muito famosa e conceituada a nível nacional, tendo matérias que foram ao ar no Globo Repórter, devido as suas pesquisas na área das ciências da natureza.

Na noite de 13 de agosto deste ano (2014), as 19:30, realizou-se um evento intitulado "Cine Debate Palestina Livre", que de acordo com o convite tinha a proposta de trazer ao debate acadêmico regional a questão do conflito do Oriente Médio, mostrando fatos que a mídia não mostra (o que eu achei que seria interessante, e por isso participei).

O roteiro do evento era: exibição do documentário "Ocupação 101 - A voz da maioria silenciada", e após teria a participação da comunidade palestina local, contando como era a vida de um palestino, abrindo para o debate com a comunidade participante tendo como mediador um reconhecido professor da própria universidade, especialista em filosofia política e doutor em educação. A propaganda do evento já começou de forma tendenciosa ao afirmar ser este o "Melhor" documentário sobre o tema.

Aqui começam as minhas impressões e preocupações:
O documentário não é atual, e mostra apenas uma parte do conflito, através de dados estatísticos incoerentes, como por exemplo, o número de refugiados palestinos nas décadas de 40 a 70. Para quem não sabe, a região da "palestina" (Israel, Gaza e Cisjordânia) é aproximadamente equivalente a décima parte da área do estado do Rio Grande do Sul, ou aproximadamente a área do estado do Sergipe, e jamais naquela época comportaria uma população árabe como a mostrada nos dados do documentário, que chegam a colocar a população desta pequena área acima dos milhares de habitantes. Basta analisar as fotografias abaixo:
Tumba dos Patriarcas - Hebrom, começo do século XX

Jerusalém - Começo do século XX

Jerusalém - Começo do século XX

Jerusalém - Começo do século XX

O documentário ainda argumenta que Yasser Arafat era parceiro de Israel, bem como a OLP (Organização pela Libertação da Palestina) bem como hoje a ALP ou Autoridade Palestina chefiada pelo Fatah. Neste ponto se percebe a incoerência do "documentário". Outro ponto chave do documentário é argumentar que a massa protestante americana odeia os judeus e por isso ajudam Israel (como assim?).

E para terminar a exposição do documentário ressalto a importância de uma boa propaganda (já que me aventurei pelo marketing no passado), é que o documentário mostrava supostos refugiados palestinos que teriam sido expulsos por judeus ostentando as chaves de suas casas que teriam ficado para traz, mas... se foram expulsos, como tiveram tempo de trancar as casas para terem as chaves guardadas? Enfim, um documentário fraudulento, com imagens fora de contexto e argumentos baseado em ideias contra-israel e antijudaicas.

Após o filme, foi convidada uma representante da comunidade palestina para falar de sua vida como uma "Palestina". A mesma começou seu discurso afirmando que morava a apenas 15 anos aqui (dando a entender que seria no Brasil) e que era nascida em Gaza. No decorrer de sua exposição voltou a afirmar sua nacionalidade palestina, mas agora dizendo ser nascida na Cisjordânia. Por fim, ao termino da palestra e quando questionada por uma das pessoas da plateia, a mesma afirmou que tinha nascido no Brasil, na localidade de Três de Maio, interior gaúcho. Só por estes detalhes já torna bem duvidosa o restante do relato da mesma. Mas nem tudo são questões duvidosas, pois como historiador não posso negar que o Haganá e o Yrgun agiram com muita violência tanto contra árabes como contra judeus autóctones.

Não quero aqui relatar todo o discurso pró-Hamas que a palestrante afirmou, mas apenas questionar (junto com o leitor) os pontos conflitantes de suas declarações:

* A mesma afirmou que a Palestina (povo e governo), bem como ela mesma, reconhecem o Estado de Israel como um país, e que seria Israel que não os reconheceria, mas não era isso que sua echarpe mostrava, pois a mesma se esqueceu que vestia a famosa echarpe do Hamas, que de um lado tem estampada a figura da mesquita do Domo da Rocha e de outro o mapa da "palestina" como um todo, sem Israel. Mas como assim, reconhecem mas desde que não exista no mapa?

 * A mesma argumentou que o Hamas não é um grupo terrorista e nem um grupo armado, é apenas um grupo pacifico, apenas um partido político como os partidos políticos existentes no Brasil;

* Falou que nunca existiu homem-bomba, que tudo é mentira de Israel. Aqui, como se diz nos pampas gaúchos, "me tapei de nojo". Como assim não existem homens-bomba?

* Afirmou que os famosos túneis do Hamas não eram para contrabandear armas e nem para conduzir soldados, mas sim apenas para buscar medicamentos. Mas buscar onde? em baixo de posições militares e cidades israelenses? Como assim?

* Falou que "nunca existiram judeus na palestina", "mas que sempre se deram muito bem com eles (os judeus que moravam na palestina), e que foi injusto a divisão do território já que os árabes eram maioria na palestina em relação aos judeus! Pera ai, mas ela não disse que não existiam? E como que se davam bem com gente que não existia? E como que eles, os árabes, eram maioria se não existiam judeus (na visão dela)?
Judeus na "palestina", começo do século XX

Judeus na "palestina", começo do século XX
* Mas um dos pontos mais interessantes de sua fala foi afirmar que em Gaza e na Cisjordânia se respeita a religião de todos. Mas... onde estão os judeus de Gaza? os cristãos de Gaza? os bah'ai de Gaza? A resposta é simples: Estão em Israel, pois nos territórios de Gaza quem não é muçulmano morre e os cristãos só conseguem acesso ao seus lugares sagrados (Belém, por exemplo) na Cisjordânia devido a presença militar israelense, que garante liberdade de culto. De todo o Oriente Médio, apenas Israel permite partidos políticos religiosos e étnicos que não sejam judeus.

* Outra afirmação da mesma que desmente-se pela história é que, segundo a palestrante, o primeiro terrorista do mundo teria sido judeu. Mal sabe ela que o terrorismo fundamentalista religioso surgiu em solo americano, em meados dos séculos 18 e 19, através de milícias protestantes. O próprio IRA (Exército Republicano Irlandês) foi fundado em 1919.

Em fim, uma "palestra" que mostra fortemente como as pessoas são doutrinadas pelo Hamas. Não a culpo, pois esta senhora é mais uma vítima do Hamas.

Por fim, queria falar sobre a atuação do Doutor Mediador do evento, quem para resumir em poucas palavras sua atuação, não sabia o significado de Sionismo, afirmando em voz baixa e rapidamente se tratar de algo a ver com "o reino de sião ou algo assim" (palavras do mesmo).

Notou-se que o mesmo estava com um certo receio em contrariar a convidada e os membros da comunidade palestina, abstendo-se de levantar sua crítica e pontuando apenas que todo o movimento "Ismo" (se referindo ao fundamentalismo de maneira geral) é um grande perigo.

Tristemente, esta é a ideologia do departamento de Ciências Sociais da referida universidade, que em nada foi imparcial, mostrando que defende um regime terrorista (Hamas) e de esquerda. Prometendo para o mês de setembro do corrente ano, realizar outro evento imparcial sobre o conflito, trazendo um membro da Organização dos Direitos Humanos e o Embaixador Palestino. Mas nem se falou em trazer alguém da parte de Israel ou da Comunidade Judaica. Isso é ser imparcial?

Que tipo de Universidade teremos no futuro quando a mesma toma partido por uma das partes de um conflito e não dá o direito a outra parte argumentar seus pontos? Se traz como mediador um renomado professor, mas que não tem afinidade com o tema, nem sabia responder o que é Sionismo, deixando a entender que só existe um tipo de sionismo e de que todos os judeus são sionistas.

Onde esta a racionalidade dos jovens ao defender assassinos como o Hamas, que nem os próprios países árabes apoiam, como por exemplo do Egito que esta ajudando israel nos bombardeios ao sul de Gaza. Sim, o Egito esta ajudando Israel nos ataques.

Em fim, fica apenas minha preocupação e minha atitude de divulgar a verdade, mesmo contra uma maré de intolerância de "pseudo-intelectuais"

Shalom!!! Com muito Orgulho

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

15 segundos!

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"15 segundos!

15 segundos, esse é o tempo que você e sua família teriam para se abrigar em um local seguro ao escutar essa sirene em Israel. Esse é o tempo que os israelenses tem para se defender dos mísseis do Hamas.

15 segundos é o tempo que separa a vida da morte.

Mais de cem mísseis são lançados diariamente em direção a Israel, pelos terroristas do Hamas.

Crianças, jovens, adultos e idosos, são obrigados a pararem suas atividades para se esconderem e não serem atingidos.

Basta! Queremos paz em Israel, queremos paz no Oriente Médio, queremos poder viver em harmonia com nossos vizinhos, queremos poder viver livremente, sem o medo de ser atacados por mísseis ou bombardeios.

Será que temos esse direito? Sim, é claro que temos!

Paz
Am Israel Chai,
Shalom!"

Transcrição do vídeo de ato público realizado no Parque do Ibirapuera - São Paulo, em 03 de agosto de 2014, as onze horas da manhã.