quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Teste de DNA revela que o "pai" de todos os humanos viveu há 340 mil anos

Descoberta demonstra que o ancestral masculino mais antigo de nossa espécie é duas vezes mais velho do que se pensava.

Por Maria Luciana Rincon Y Tamanini em 07/03/2013
disponivel em: http://www.megacurioso.com.br/genetica/35817-teste-de-dna-revela-que-o-pai-de-todos-os-humanos-viveu-ha-340-mil-anos.htm

Segundo o site New Scientist, um teste de DNA realizado nos EUA revelou que o nosso ancestral mais antigo viveu há 340 mil anos, o que significa que o “pai” da nossa espécie é duas vezes mais velho do que se pensava. A descoberta ocorreu por acaso, depois que um parente de Albert Perry — um norte-americano afrodescendente falecido recentemente — decidiu enviar uma amostra de DNA do homem para a realização de uma análise genealógica.

De acordo com a publicação, a amostra de DNA de Perry foi enviada ao laboratório Family Tree DNA — especializado em detalhar árvores genealógicas —, e quando os técnicos tentaram encaixá-lo na genealogia do cromossomo Y, os pesquisadores perceberam que a amostra de Perry era completamente diferente de todas as demais já estudadas.

Muito mais antigo

Todas as análises de DNA realizadas até o momento para rastrear os nossos ancestrais mais antigos sempre chegaram a um ancestral masculino comum, uma espécie de “Adão genético”, que provavelmente viveu entre 60 e 140 mil anos atrás. Entretanto, a amostra de Perry revelou que ele não era descendente desse Adão, mas sim de um ancestral masculino que viveu muito antes disso, há cerca de 340 mil anos.

Os fósseis mais antigos de humanos anatomicamente modernos de que se tem notícia contam com aproximadamente 200 mil anos de idade, e a linhagem do material genético de Perry parece ter surgido bem antes do que as dos demais humanos. Uma possível explicação é que o cromossomo Y de Perry tenha sido transmitido por uma população arcaica já extinta, que possivelmente se relacionou com os humanos modernos em algum ponto do passado.

Curiosamente, os pesquisadores compararam o DNA de Perry com informações disponíveis em uma base de dados da África com quase 6 mil amostras de cromossomo Y. Os cientistas encontraram semelhanças entre o material de Perry e o de outros 11 homens, todos provenientes de um único vilarejo localizado nos Camarões, o que, por sua vez, pode ser uma indicação do local de origem dos ancestrais de Perry.

domingo, 20 de outubro de 2013

Somo todos irmãos

Um crânio fossilizado datado de 1,8 milhão de anos na Georgia pode indicar que espécies antigas de humanos, como o  ’Homo habilis’, ‘Homo rudolfensis’ e ‘Homo erectus’, eram na verdade uma mesma espécie – mas com aparências variadas. A descoberta pode obrigar os pesquisadores a reescrever a história da evolução do homem.
O crânio foi descoberto em 2005 junto com vários ossos de animais e ferramentas de pedra, e é o crânio antigo mais intacto já descoberto pelos cientistas. O que os surpreendeu foram algumas características peculiares, como uma pequena caixa craniana, um rosto comprido e um grande maxilar, que nunca haviam sido descobertos juntos anteriormente, o que desafia as divisões criadas para distinguir as espécies dos ancestrais do homem. Segundo os pesquisadores, isso significa que o Homo habilis, o Homo rudolfensis e o Homo erectus eram uma espécie única, com esqueletos que pertenciam à pessoas com diferentes aparências.
Era justamente na variação no formato dos crânios dos ancestrais humanos que os pesquisadores se baseavam para classificá-los como espécies diferentes, mas eles sempre enfrentaram diversos problemas para entender como a evolução teria acontecido, isto é, qual das espécies teria dado origem aos homens modernos, conhecidos como Homo sapiens.
Junto ao crânio, foram encontrados restos mortais de outros quatro indivíduos. De acordo com o estudo que durou oito anos, todos eles estão associados ao mesmo período histórico, o que também indica que todos os fósseis pertenceram à uma única espécie – o Homo erectus.
Desse modo, a ideia de diversas espécies Homo pode ser derrubada. O Homo erectus surgiu na África e se adaptou em vários ecossistemas, dando origem ao homo sapiens, conclui o estudo. 

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Fenadi 2013 - A Polêmica Etnica

Fenadi 2013, e mais uma polêmica no ar, a presença ou não de Indígenas no parque da feira.
Por ser um tema delicado, vale sempre a pensa ressalta alguns pontos fundamentais.

Em primeiro lugar, devemos analisar qual o caráter da Fenadi. Por mais que seja a “Festa Nacional das Culturas Diversificadas”, uma de suas intenções era a de “resgatar” alguma coisa da cultura dos grupos “colonizadores” que vieram para tornar possível a existência da colonia que surgia após a criação da picada conceição.

Na vila formada, que veio a se tornar a cidade de Ijuí, infelizmente foram assentadas famílias de colonos europeus oriundos das colonias velhas, e não foram assentados ameríndios. Logo, esta festa ou feira, é definida em cima daqueles grupos étnicos dos colonos apenas que se organizaram e hoje mostram sua culinária (de fato) e cultura (será?) anualmente junto a expoijui-fenadi.

Mostrado então o caráter da feira, vamos analisar o seguinte: será que caberia dentro desta temática colocar representantes de etnias ameríndias gaúchas na festa? Creio que não, pelo menos neste contexto da festa/feira. Agora, que os mesmos merecem sim um reconhecimento, e um espaço, não apenas na feira, mas na sociedade em si, a resposta é sim. Mas não é fácil e nem simples.

O primeiro erro que muitos aqui cometeram é identificar os “índios” como um único grupo étnico e pronto. Esta erradíssimo este pensar, porque só na região onde esta assentada Ijuí, historicamente contávamos com dois grandes grupos representantes de nações indígenas diferentes, que são o grupo Tupi-guarani, que hoje estão pelas ruínas (Nação Guarani) e os representantes linguísticos do tronco Macro-Jê, que passamos a conhecer como kaingang. Outro erro grotesco, além do preconceito racial velado em algumas palavras é achar que “índio” e “branco” são coisas diferentes, e que apenas o “branco” que é civilizado e que o “índio” não tem direito de usar as coisas dos “brancos”. Imaginem a cena a 500 anos atrás. Pessoas civilizadíssimas, portanto suas armas, cavalos, armaduras, doenças, com sede de ouro, numa cultura que conhecemos como idade moderna, chegam a uma terra desconhecida para eles e encontram pessoas que ainda viviam no período neolítico. O que será que poderia acontecer? Os povos americanos foram massacrados, mutilados, violentados por este medíocre homem “civilizado” e aqueles que sobraram foram jogados diretos do neolítico para a idade moderna, queimando etapas primordiais no seu desenvolvimento. Ou alguém aqui acha que os europeus já surgiram no globo usando calças jeans e tomando coca-cola? Até parte da idade média os povos arianos eram tão selvagens quanto eram os ameríndios, basta aqueles que quiserem saber das origens, hábitos e costumes dos povos germânicos (que deram origem a maior parte dos povos que são representados na Fenadi) lerem o livro “Germania” de Tácito, um historiador do Império Romano.

O famoso movimento Neo-Paganismo surgiu aonde em pleno século 20? nesta mesma Europa civilizada, afim de resgatar uma cultura politeísta e animista dos tempos da antiguidade ariana, onde deveriam arder os altares a Odin, Thor e outros tantos deuses que ansiavam por rituais e orgias sexuais, que creio serem incondizentes com o ideal de civilização moralista imposta aos ameríndios. Já os ibero europeus (portugueses e espanhóis), se tornaram civilizados usurpando a cultura de quem mesmo? Claro dos Muslim, ou muçulmanos, na sua maioria da etnia bérbere, negros do norte da africa. Vejam só uma etnia negra, convertida a uma cultura semítica, apresentou a cultura, talheres e até mesmo o uso de roupas às culturas europeias, que ironia para os que defendem a supremacia de raça não é? Enfim, o fato é que sempre haverá o interculturalismo, ou seja, a mescla de culturas, pois se assim não o fosse, nossa cidade se chamaria outra coisa e não Ijuhy, teria algum nome nórdico, germânico, etc.

Dizer que tem índio que é quase igual a branco é a mais pura e clara forma de preconceito que em pleno século 21 é incabível de existir num meio dito civilizado. Os indígenas podem e devem cultuar sua tradição e costumas, da mesma forma que os gaúchos, os descendentes de alemães, mas não é por isso que vemos os gaúchos só andando a cavalo por ai, não é? Ou alemães com suas bermudinhas e chapeuzinhos andando pelo centro todos os dias? Porque os “índios” não podem cultuar seus costumes, línguas, tradições, religião e usar jeans, ouvir MP3, ou jogar PlayStation? Quanta ignorância. Mas se abrirem espaço para construir quem sabe uma casa étnica para representantes indígenas da região, tem sim que ficar claro a existência de grupos como os kaingang, guarani, e outros que tenham existido. E não dizer que tudo é índio, pois se assim for, então acabem com a metade das casas étnicas de hoje e englobem numa única casa só com a alcunha de “germanos”. Enfim, a questão indígena é muito delicada e infelizmente existe muito preconceito e porque não dizer, uma certa ignorância histórica.

Se a questão é se deve-se ou não criar um espaço para os “índios”, é claro que sim, mas com o devido respeito e importância que os mesmos merecem, e principalmente que nós historiadores, os ajudemos a resgatar a historia que os ditos civilizados fizeram questão de destruir, pois hoje se os indígenas estão na condição que estão é porque perderam sua cultura, destruída pelos colonizadores, e pelo preconceito de pessoas que os vem como diferentes do homem branco e que não devem ter uma vida contemporânea, com todas as comodidades que temos.

E que fique claro que índios, semitas, arianos, caminitas, etc, somos todos homo sapiens sapiens, com culturas diferentes, mas que ao se encontrarem contribuem de sobremaneira para a formação de uma terceira cultura, que no nosso caso é a cultura “ijuiense”, gaúcha, brasileira. Viva a liberdade e principalmente o respeito cultural.


O que é o Socialismo

Introdução 
Do ponto de vista político e econômico, o comunismo seria a etapa final de um sistema que visa a igualdade social e a passagem do poder político e econômico para as mãos da classe trabalhadora. Para atingir este estágio, deveria-se passar pelo socialismo, uma fase de transição onde o poder estaria nas mãos de uma burocracia, que organizaria a sociedade rumo à igualdade plena, onde os trabalhadores seriam os dirigentes e o Estado não existiria.
Características do socialismo 
Diferentemente do que ocorre no capitalismo, onde as desigualdades sociais são imensas, o socialismo é um modo de organização social no qual existe uma distribuição equilibrada de riquezas e propriedades, com a finalidade de proporcionar a todos um modo de vida mais justo. 
Sabe-se que as desigualdades sociais já faziam com que os filósofos pensassem num meio de vida onde as pessoas tivessem situações de igualdade, tanto em seus direitos como em seus deveres; porém, não é possível fixarmos uma data certa para o início do comunismo ou do socialismo na história da humanidade. Podemos, contudo, afirmar que ele adquiriu maior evidência na Europa, mais precisamente em algumas sociedades de Paris, após o ano de 1840 (Comuna de Paris). 
Na visão do pensador e idealizador do socialismo, Karl Marx, este sistema visa a queda da classe burguesa que lucra com o proletariado desde o momento em que o contrata para trabalhar em suas empresas até a hora de receber o retorno do dinheiro que lhe pagou por seu trabalho. Segundo ele, somente com a queda da burguesia é que seria possível  a ascensão dos trabalhadores. 
A sociedade visada aqui é aquela sem classes, ou seja, onde todas as pessoas tenham as mesmas condições de vida e de desenvolvimento, com os mesmos ganhos e despesas. Alguns países, como, por exemplo, União Soviética (atual Rússia), China, Cuba e Alemanha Oriental adotaram estas idéias no século XX. A mais significativa experiência socialista ocorreu após a Revolução Russa de 1917, onde os bolcheviques liderados por Lênin, implantaram o socialismo na Rússia.
Porém, após algum tempo, e por serem a minoria num mundo voltado ao para o lucro e acúmulo de riquezas, passaram por dificuldades e viram seus sistemas entrarem em colapso. Foi a União Soviética que iniciou este processo, durante o governo de Mikail Gorbachov (final de década de 1980), que implantou um sistema de abertura econômica e política (Glasnost e Perestroika) em seu país. Na mesma onda, o socialismo foi deixando de existir nos países da Europa Oriental. 
Atualmente, somente Cuba, governada por Fidel Castro, mantém plenamente o sistema socialista em vigor. Mesmo enfrentando um forte bloqueio econômico dos Estados Unidos, o líder cubano consegue sustentar o regime, utilizando, muitas vezes, a repressão e a ausência de democracia.
Correntes
Existem várias correntes do socialismo, entre elas as principais são: socialismo democrático, socialismo árabe, socialismo africano, comunismo, eco-socialismo, social anarquismo, social democracia, socialismo utópico, socialismo de mercado e socialismo revolucionário.
Países atuais que seguem o socialismo e são unipartidários:
- República Popular da China, República Popular Democrática da Coreia (Coreia do Norte), República de Cuba, República Socialista do Vietnã e República Democrática Popular do Lao
Socialismo real
O que é (definição)
O socialismo real foi um sistema econômico e político que foi implantado na URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) e consolidado no governo de Josef Stalin (1924 a 1953). É chamado de socialismo real, pois foi colocado em prática em vários países.
Onde existiu e período
Além da União Soviética, o socialismo real foi implantado em diversos países no período subsequente ao fim da Segunda Guerra Mundial. Cuba, China, Coreia do Norte e os países do leste europeu aliados à União Soviética (Hungria, Tchecoslováquia, Albânia, Romênia, Polônia, Iugoslávia, Bulgária e Alemanha Oriental).
O socialismo real vigorou na maioria destes países até o final da década de 1980 e início da década de 1990, quando ocorreram as revoluções no leste europeu, o fim da União Soviética e a Queda do Muro de Berlim. O socialismo real continuou existindo apenas em Cuba e na Coreia do Norte.
Principais características:
- Planificação da economia;
- Estatização dos meios de produção (fábricas, unidades de produção agrícola e bancos);
- Centralização do poder nas mãos de um único partido de orientação socialista;
- Implantação de um sistema forçado de redistribuição de renda, através de controle de salários e atividades econômicas. Este sistema visava acabar com os desiquilíbrios econômicos e desigualdades sociais característicos do sistema capitalista.




O que é o Comunismo

Podemos definir o Comunismo como uma doutrina ou ideologia (propostas sociais, politicas e econômicas), visando a criação de uma sociedade sem a presença de classes (ou castas) sociais. De acordo com esta ideologia, todos os meios de produção (fazendas, fábricas, minas de exploração, etc) passariam a pertencer ao governo, pois deixariam de ser privados e se tornariam públicos.
No campo politico, o Comunismo defende a total ausência do "Estado".
Imaginemos agora uma sociedade assim na prática, pois até agora grandes sociedades comunistas existiram apenas em teoria, sem a fiscalização do Estado (pois este deixaria de existir), como ficariam os serviços básicos à população, como saneamento básico, saúde, educação, segurança?
Se tudo torna-se público, tudo torna-se estatal, ou seja, do Estado. Mas se este Estado inexiste, como que as coisas seriam estatais ou públicas sem este "órgão gestor"?
Quem faria o recolhimento do lixo, tratamento do esgoto, iluminação, etc, já que não se tem empresas privadas ideologicamente e nem estatização de forma politica?

Podemos ver neste brevíssimo resumo que a doutrina Comunista é boa, mas apenas para sociedades pequenas e homogêneas, ou seja, não tem como se aplicar a Estados Politicamente constituídos como os países que conhecemos.

Será que o Comunismo seria uma solução? Ou pelo exposto seria uma grande incoerência?

Para saber mais sobre a Doutrina Comunista recomendamos a leitura das seguintes obras:
O Capital -  de Karl Marx
O Manifesto do Partido Comunista - de Karl Marx e Friedrich Engels