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sábado, 16 de agosto de 2014

O perigo do partidarismo nas universidades!

Velho Judeu se protegendo de bombardeios vindos de gaza
O perigo do partidarismo nas universidades ou a propaganda do Hamas entrando em cena...

Esta semana presenciei um "fato histórico" que muito me preocupou como professor, historiador e judeu.
O fato ocorreu em plena universidade aqui da cidade, a Unijuí, muito famosa e conceituada a nível nacional, tendo matérias que foram ao ar no Globo Repórter, devido as suas pesquisas na área das ciências da natureza.

Na noite de 13 de agosto deste ano (2014), as 19:30, realizou-se um evento intitulado "Cine Debate Palestina Livre", que de acordo com o convite tinha a proposta de trazer ao debate acadêmico regional a questão do conflito do Oriente Médio, mostrando fatos que a mídia não mostra (o que eu achei que seria interessante, e por isso participei).

O roteiro do evento era: exibição do documentário "Ocupação 101 - A voz da maioria silenciada", e após teria a participação da comunidade palestina local, contando como era a vida de um palestino, abrindo para o debate com a comunidade participante tendo como mediador um reconhecido professor da própria universidade, especialista em filosofia política e doutor em educação. A propaganda do evento já começou de forma tendenciosa ao afirmar ser este o "Melhor" documentário sobre o tema.

Aqui começam as minhas impressões e preocupações:
O documentário não é atual, e mostra apenas uma parte do conflito, através de dados estatísticos incoerentes, como por exemplo, o número de refugiados palestinos nas décadas de 40 a 70. Para quem não sabe, a região da "palestina" (Israel, Gaza e Cisjordânia) é aproximadamente equivalente a décima parte da área do estado do Rio Grande do Sul, ou aproximadamente a área do estado do Sergipe, e jamais naquela época comportaria uma população árabe como a mostrada nos dados do documentário, que chegam a colocar a população desta pequena área acima dos milhares de habitantes. Basta analisar as fotografias abaixo:
Tumba dos Patriarcas - Hebrom, começo do século XX

Jerusalém - Começo do século XX

Jerusalém - Começo do século XX

Jerusalém - Começo do século XX

O documentário ainda argumenta que Yasser Arafat era parceiro de Israel, bem como a OLP (Organização pela Libertação da Palestina) bem como hoje a ALP ou Autoridade Palestina chefiada pelo Fatah. Neste ponto se percebe a incoerência do "documentário". Outro ponto chave do documentário é argumentar que a massa protestante americana odeia os judeus e por isso ajudam Israel (como assim?).

E para terminar a exposição do documentário ressalto a importância de uma boa propaganda (já que me aventurei pelo marketing no passado), é que o documentário mostrava supostos refugiados palestinos que teriam sido expulsos por judeus ostentando as chaves de suas casas que teriam ficado para traz, mas... se foram expulsos, como tiveram tempo de trancar as casas para terem as chaves guardadas? Enfim, um documentário fraudulento, com imagens fora de contexto e argumentos baseado em ideias contra-israel e antijudaicas.

Após o filme, foi convidada uma representante da comunidade palestina para falar de sua vida como uma "Palestina". A mesma começou seu discurso afirmando que morava a apenas 15 anos aqui (dando a entender que seria no Brasil) e que era nascida em Gaza. No decorrer de sua exposição voltou a afirmar sua nacionalidade palestina, mas agora dizendo ser nascida na Cisjordânia. Por fim, ao termino da palestra e quando questionada por uma das pessoas da plateia, a mesma afirmou que tinha nascido no Brasil, na localidade de Três de Maio, interior gaúcho. Só por estes detalhes já torna bem duvidosa o restante do relato da mesma. Mas nem tudo são questões duvidosas, pois como historiador não posso negar que o Haganá e o Yrgun agiram com muita violência tanto contra árabes como contra judeus autóctones.

Não quero aqui relatar todo o discurso pró-Hamas que a palestrante afirmou, mas apenas questionar (junto com o leitor) os pontos conflitantes de suas declarações:

* A mesma afirmou que a Palestina (povo e governo), bem como ela mesma, reconhecem o Estado de Israel como um país, e que seria Israel que não os reconheceria, mas não era isso que sua echarpe mostrava, pois a mesma se esqueceu que vestia a famosa echarpe do Hamas, que de um lado tem estampada a figura da mesquita do Domo da Rocha e de outro o mapa da "palestina" como um todo, sem Israel. Mas como assim, reconhecem mas desde que não exista no mapa?

 * A mesma argumentou que o Hamas não é um grupo terrorista e nem um grupo armado, é apenas um grupo pacifico, apenas um partido político como os partidos políticos existentes no Brasil;

* Falou que nunca existiu homem-bomba, que tudo é mentira de Israel. Aqui, como se diz nos pampas gaúchos, "me tapei de nojo". Como assim não existem homens-bomba?

* Afirmou que os famosos túneis do Hamas não eram para contrabandear armas e nem para conduzir soldados, mas sim apenas para buscar medicamentos. Mas buscar onde? em baixo de posições militares e cidades israelenses? Como assim?

* Falou que "nunca existiram judeus na palestina", "mas que sempre se deram muito bem com eles (os judeus que moravam na palestina), e que foi injusto a divisão do território já que os árabes eram maioria na palestina em relação aos judeus! Pera ai, mas ela não disse que não existiam? E como que se davam bem com gente que não existia? E como que eles, os árabes, eram maioria se não existiam judeus (na visão dela)?
Judeus na "palestina", começo do século XX

Judeus na "palestina", começo do século XX
* Mas um dos pontos mais interessantes de sua fala foi afirmar que em Gaza e na Cisjordânia se respeita a religião de todos. Mas... onde estão os judeus de Gaza? os cristãos de Gaza? os bah'ai de Gaza? A resposta é simples: Estão em Israel, pois nos territórios de Gaza quem não é muçulmano morre e os cristãos só conseguem acesso ao seus lugares sagrados (Belém, por exemplo) na Cisjordânia devido a presença militar israelense, que garante liberdade de culto. De todo o Oriente Médio, apenas Israel permite partidos políticos religiosos e étnicos que não sejam judeus.

* Outra afirmação da mesma que desmente-se pela história é que, segundo a palestrante, o primeiro terrorista do mundo teria sido judeu. Mal sabe ela que o terrorismo fundamentalista religioso surgiu em solo americano, em meados dos séculos 18 e 19, através de milícias protestantes. O próprio IRA (Exército Republicano Irlandês) foi fundado em 1919.

Em fim, uma "palestra" que mostra fortemente como as pessoas são doutrinadas pelo Hamas. Não a culpo, pois esta senhora é mais uma vítima do Hamas.

Por fim, queria falar sobre a atuação do Doutor Mediador do evento, quem para resumir em poucas palavras sua atuação, não sabia o significado de Sionismo, afirmando em voz baixa e rapidamente se tratar de algo a ver com "o reino de sião ou algo assim" (palavras do mesmo).

Notou-se que o mesmo estava com um certo receio em contrariar a convidada e os membros da comunidade palestina, abstendo-se de levantar sua crítica e pontuando apenas que todo o movimento "Ismo" (se referindo ao fundamentalismo de maneira geral) é um grande perigo.

Tristemente, esta é a ideologia do departamento de Ciências Sociais da referida universidade, que em nada foi imparcial, mostrando que defende um regime terrorista (Hamas) e de esquerda. Prometendo para o mês de setembro do corrente ano, realizar outro evento imparcial sobre o conflito, trazendo um membro da Organização dos Direitos Humanos e o Embaixador Palestino. Mas nem se falou em trazer alguém da parte de Israel ou da Comunidade Judaica. Isso é ser imparcial?

Que tipo de Universidade teremos no futuro quando a mesma toma partido por uma das partes de um conflito e não dá o direito a outra parte argumentar seus pontos? Se traz como mediador um renomado professor, mas que não tem afinidade com o tema, nem sabia responder o que é Sionismo, deixando a entender que só existe um tipo de sionismo e de que todos os judeus são sionistas.

Onde esta a racionalidade dos jovens ao defender assassinos como o Hamas, que nem os próprios países árabes apoiam, como por exemplo do Egito que esta ajudando israel nos bombardeios ao sul de Gaza. Sim, o Egito esta ajudando Israel nos ataques.

Em fim, fica apenas minha preocupação e minha atitude de divulgar a verdade, mesmo contra uma maré de intolerância de "pseudo-intelectuais"

Shalom!!! Com muito Orgulho

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

15 segundos!

https://www.facebook.com/photo.php?v=820661884618301&set=vb.427152940635866&type=2&theater


"15 segundos!

15 segundos, esse é o tempo que você e sua família teriam para se abrigar em um local seguro ao escutar essa sirene em Israel. Esse é o tempo que os israelenses tem para se defender dos mísseis do Hamas.

15 segundos é o tempo que separa a vida da morte.

Mais de cem mísseis são lançados diariamente em direção a Israel, pelos terroristas do Hamas.

Crianças, jovens, adultos e idosos, são obrigados a pararem suas atividades para se esconderem e não serem atingidos.

Basta! Queremos paz em Israel, queremos paz no Oriente Médio, queremos poder viver em harmonia com nossos vizinhos, queremos poder viver livremente, sem o medo de ser atacados por mísseis ou bombardeios.

Será que temos esse direito? Sim, é claro que temos!

Paz
Am Israel Chai,
Shalom!"

Transcrição do vídeo de ato público realizado no Parque do Ibirapuera - São Paulo, em 03 de agosto de 2014, as onze horas da manhã.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Conflito no oriente médio II

Através de perguntas e respostas, mostraremos (de forma mais imparcial possível) aspectos do atual conflito entre Israel e Hamas.

1. Porque Israel esta atacando e invadindo a região da Palestina?


A verdade não é exatamente essa. Israel é que esta contra-atacando, pois a ofensiva teve inicio por parte do grupo terrorista Hamas, que sequestrou três rapazes e os executou, carbonizando seus corpos posteriormente. Até agora nenhum palestino foi indiciado pelo governo de Gaza. Na sequencia ao acontecido, um rapaz palestino é também sequestrado e morto. A mídia põe a culpa em Israel, como se fosse um ato de vingança. A verdade é que o rapaz palestino foi morto por árabes palestinos, devido ao fato do mesmo ser homossexual, o que para os radicais islâmicos é um crime capital. Mesmo não tendo culpa, Israel moveu sua força policial prendendo vários suspeitos da morte do rapaz palestino. O caos instaurou-se na região, e o Hamas, grupo terrorista fundamentalista islâmico que controla a Faixa de Gaza, aproveitando-se da mídia contra Israel começou a deflagrar ataques com foguetes contra o território sul e centro de Israel. Até o momento mais de mil foguetes foram lançados da região de Gaza contra Israel.


2. Porque então que as mortes do lado palestino são superiores ao do lado israelense, e porque morreram mais civis do lado palestino e apenas militares do lado israelense?


O que muitos chamam como força desproporcional por parte israelense, é na verdade um sistema de defesa chamado “Domo de Ferro” que intercepta foguetes que visam atingir o solo israelense, sendo assim, o governo de Israel defende seus cidadãos de ataques (que não são poucos) através de um sistema de bunkers, sirenes que avisam sobre os ataques e o sistema de defesa. Como Israel é o fornecedor de água e energia elétrica, além de estrutura à faixa de Gaza, antes de cada ataque, o governo israelense sobrevoa o território palestino lançando panfletos avisando dos locais de ataque e horário e solicitando que os civis deixem o local. Como forma de certeza de que civis palestinos estão cientes da ofensiva israelense, o governo de Israel ainda avisa os moradores de Gaza através de um sistema telefônico e de SMS, para que os mesmos deixem os locais onde serão bombardeados.


3. Mas com todo este sistema de proteção contra os palestinos, porque é que tantos civis morrem diariamente?


O Hamas governa Gaza com mãos de ferro, e proíbe sua população de sair ao receber os recados de Israel. O Hamas ordena que as pessoas fiquem em suas casas, que não saiam e que morram em nome de Jihad (guerra santa).


4. Mas porque Israel ataca escolas, hospitais e bairros residenciais de Gaza?


O Hamas usa estes locais como armazéns para guardar seus armamentos. Também se utilizam de escudos humanos, a fim de proteger seus misseis e foguetes. Coloca crianças ao redor dos morteiros, como forma de intimidar a ofensiva israelense, o que infelizmente acaba por causar a morte de seus próprios cidadãos. Sabendo dos locais onde estão estes armamentos, Israel pede que as pessoas saiam dos locais a fim de neutraliza-los, mas o Hamas ordena (sim, este é o termo, ordena, pois governam e oprimem o próprio povo) que a população fique onde estão a fim de proteger os locais da artilharia palestina.


5. Porque Israel então não para de atacar?


Israel não esta atacando, esta contra-atacando como forma de neutralizar a ofensiva terrorista. Se Israel cessar seus ataques esta guerra irá durar anos, pois o Hamas recebe incentivo e ajuda financeira de vários países, vindo a desviar estas verbas para a compra de armamentos e construção de tuneis para invadir o território israelense. Entre estes países, encontra-se o Brasil. Israel continua sua ofensiva, e agora com tropas invadindo o território de Gaza a fim de desarticular todo o potencial bélico do Hamas.


6. Mas porque Israel quer invadir e controlar o território palestino? Não basta o território que já possui? Porque invadir mais terras?


Esta pergunta é demasiadamente “desproporcional” e desprovida de conhecimento histórico e geográfico. Quando a resolução da ONU criou o Estado de Israel, criaria também um estado Árabe, intitulado de Palestina. Os árabes (sim, árabes, pois que são colonos oriundos da península arábica e da Jordânia que vivem hoje reivindicando o território “palestino”, como já citado em outro artigo) não aceitaram a proposta da criação de um estado (seja ele qual fosse, não apenas judeu, pois Israel não é exatamente um estado judeu, pois abriga drusos, cristãos, ateus, seculares, muçulmanos e judeus) e após a saída dos britânicos, que controlavam a região e a promulgação do Estado de Israel, iniciaram um ataque em massa por todas as fronteiras, o que fez com que Israel se defendesse pela primeira vez, e infelizmente muitas áreas foram invadidas por Israel com a finalidade de defesa. Boa parte do território foi devolvido para os países dos quais foram conquistados, mas a presença militar continuou em Gaza e na Cisjordânia. E por incrível que pareça, a poucos anos a presença militar israelense deixou Gaza, ficando apenas na Cisjordânia. E de onde recomeçou a ofensiva terrorista que causou a guerra atual?

O território de Israel é praticamente igual ao estado do Sergipe aqui no Brasil, enquanto que a presença Árabe é muito superior em área territorial, basta ver o mapa abaixo.

Sendo assim, quem quer o território de quem? Pois com o fim da primeira guerra, a região que era controlada pelo Império Otomano passou para domínio de França e Inglaterra, e a região da atual Palestina, Cisjordânia e Israel pertenciam ao mandato britânico, ou seja, nunca chegou-se a ter um estado palestino na região, pois antes da presença britânica, a região pertencia ao Império Otomano desde o período das cruzadas, como um califado de origem mongol e mameluca (etnias não-arabes).

Sendo assim, para terminarmos, salientamos que o atual Estado de Israel sempre (ou quase) demonstrou aceitar a criação de um estado árabe-palestino e uma das únicas questões em troca são a segurança do próprio estado e dos cidadãos e a capital sagrada Jerusalém, que historicamente é judaica.


Já o grupo terrorista Hamas afirma categoricamente que a única razão de sua existência é a destruição sumária e completa de Israel.


Nas palavras do presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo, Mario Fleck,  “A Autoridade Palestina, que deveria desde 1994 construir as bases da nova nação palestina, jamais o fez e continuou incentivando o ódio no sistema educacional, e criou as condições para que sua população farta de opressão e corrupção abrisse as portas para o surgimento do Hamas.”


O que nos basta é acordar para o fato real e verdadeiro e identificar os verdadeiros culpados dos crimes de guerra que estão sendo cometidos na região.


Nenhuma nação deve ser governada por milícias terroristas e fundamentalistas que oprimem seu povo e o usam (contra as determinações da ONU) como escudos humanos. O governo do Hamas desvia verbas recebidas de vários países, inclusive do Brasil, para fins de suas práticas de terror. Água, energia elétrica e até mesmo saúde é mantida em Gaza por Israel e não pelo Hamas.



Um fato relevante que poucas mídias falaram é que antes do começo desta guerra atual, o Hamas tinha planos (que foram frustrados) de explodir uma usina nuclear israelense, com a finalidade de causar uma grande hecatombe nuclear na região, mesmo que a custa dos próprios habitantes de Gaza, pois acreditam que aqueles que lutam e morrem na Jihad, irão para o paraíso ao encontro de 70 virgens. Deve ser por isso, pelo desejo desenfreado por virgens, que o Hamas realiza casamento de seus “soldados” com menininhas na faixa etária de 08 anos, ou que, assim como seus vizinhos na Síria e no Iraque (ISIS), incentivem uma Jihad sexual, estuprando jovens cristãs.



Onde estão os direitos humanos mesmo?

Há, já estava até esquecendo dos "soldados" utilizados pelo Hamas. Agora, cada um que tire suas conclusões:



quarta-feira, 23 de julho de 2014

Conflito no Oriente Médio


Israel X Hamas
Novamente vem a tona um assunto muito complexo e polêmico, e infelizmente pouco conhecido que é o processo que se desenrola na região de Israel. O conflito Israel X “Palestina”.
Uma coisa a ressaltar são as denominações dos dois lados: Israelenses (maioria judeus, mas também, cristãos, muçulmanos e drusos) de um lado no atual Estado de Israel, que é um estado laico democrático e de maioria judaica (tanto religiosa quanto secular), mas não é um Estado Judeu. De outro lado temos cidadãos Muçulmanos de origem Árabe que ocupam uma estreita faixa de terra chamada de “Faixa de Gaza”. Ambos os lados tem suas justificativas e suas hostilidades. Tentaremos fazer uma síntese deste conflito para que o leitor possa formar sua opinião.

Criação do Estado de Israel
Deve ficar bem claro neste instante que os judeus sempre habitaram o atual território israelense, descendentes dos antigos habitantes do Reino de Israel, e mesmo durante os vários séculos de domínio de assírios, persas, romanos, muçulmanos e britânicos, sempre estiveram presentes nesta região. Somente nos últimos séculos é que se tornaram uma minoria na região, que foi pouco a pouco sendo dominada por povos (também de origem semítica) provenientes da península arábica.
No final do século 19, judeus europeus (descendentes de migrantes que lá se encontravam a mais de um milênio), sionistas políticos (nacionalistas judeus), começaram um processo em massa de enviar colonos judeus de toda a parte do mundo para repovoar junto com os judeus autóctones, sua antiga terra natal (de seus antepassados). No princípio esta colonização não causou problemas, devido a região não ser povoada como é hoje, mas isto se agravou quando as comunidades tornaram-se maiores e o espirito nacionalista começou a tomar forma, e o desejo de um estado autônomo judeu começou a ganhar corpo.

Tensões
As tensões aumentaram como era natural quando uma minoria começa a ganhar tamanho. Para piorar a situação, Adolf Hitler contribuiu para este processo, pois tendo países islâmicos como aliados, desenvolvendo métodos de extermínio de judeus em massa na Europa, holocausto, findada a segunda grande guerra, a “comoção” mundial auxiliou para que levas cada vez maiores de judeus sobreviventes dos horrores da guerra fossem sendo enviados para Israel, que ficou sob influência britânica. A violência começou a surgir e aumentar de ambos os lados, e para tentar interferir, a ONU, no ano de 1948, delibera sobre a criação do Estado de Israel, onde 55% do território controlado por britânicos ficaria para os judeus, que na época representavam 30% da população e se espremiam em apenas 7% do território proposto. Então começou a “Guerra”.

Guerra civil
Para confrontar e expulsar os invasores (e também os naturais da terra) surge o Exército de Libertação Árabe. A intenção deste exército era o de destruir na verdade todo o judeu em solo “palestino”, independente se era os sionistas europeus ou os judeus autóctones que já habitavam o território desde antes da chegada dos árabes muçulmanos. Os conflitos começam, e as milícias sionistas acabam se transformando nas forças armadas que defenderiam os israelenses. No entanto, os muçulmanos perderam a guerra e perderam territórios. Árabes da palestina tornaram-se refugiados, as fronteiras de Israel avançaram e nunca mais existiu paz.

Conflito na Faixa de Gaza
O conflito em Gaza teve inicio a partir da década de 60, quando após Israel vencer a guerra dos seis dias e ocupar o território militarmente. Com o passar do tempo, as áreas conquistadas pelos israelenses foram sendo devolvidas, ultimamente até as tropas militares foram retiradas de territórios conquistados, entre eles Gaza. Na Cisjordânia a presença militar israelense ainda é presente.

Democratas liberais
Por incrível que pareça, os Sionistas em Israel são um pequeno grupo extremista e fundamentalista, que não representa a atual politica israelense, que é formada por grupos de coalisão, de forma democrática e liberal, onde apesar de todo o ambiente é possível ter um igualitarismo partidário o que não acontece aqui no Brasil por exemplo. Pessoas de varias etnias, mas que possuem cidadania israelense pode votar e ser votados, tendo parlamentares cristãos, árabes, drusos e é claro, israelenses. O problema deste liberalismo e real democracia é que partidos de cunho ultrarreligioso também chegam ao parlamento, e nos últimos anos vem ganhando muita força no cenário politico israelense.
Em 1993, de acordo com o tratado de Oslo, os territórios ocupados deveriam ser evacuados e dada o reconhecimento para os palestinos, o que não aconteceu, mas por falhas de ambos os lados, em um círculo vicioso, que fez com que a presença militar israelense se tornasse presente diante do crescente ataque de grupos terroristas que crescem a cada dia, como o Hamas, o Al’Fatah, Irmandade Muçulmana, Al’Qaeda, etc, que surgiam devido a presença militar israelense, que atuava devido aos ataques deste grupo, de forma quase que infinita neste ciclo.
O primeiro ministro Yitzhak Rabin, que propôs o acordo, foi assassinado por militantes terroristas palestinos. Por mais que Israel mantenha o fornecimento de água, energia, alimentos, etc, em solo de Gaza, os palestinos acham que isso é uma afronta e opressão (por mais que se não fosse esta ajuda, possivelmente não teriam como manter a sua sociedade).

Conflito atual
O Hamas, fundado em 1987, chegou ao poder em Gaza (já que na Cisjordânia, a outra metade do futuro estado da Palestina, quem controla é outro grupo terrorista, o Al’Fatah) em 2007, tem por ideologia (consta em seu estatuto de fundação e amplamente divulgado pela mídia palestina) a destruição sumária de todo o judeu no mundo e a aniquilação do Estado de Israel.
No dia 12 de junho de 2014, três jovens estudantes israelenses foram sequestrados, assassinados e tiveram seus corpos carbonizados por militantes do Hamas, em mais uma de suas várias práticas contra Israel. Após quase duas semanas deste acontecido, um jovem palestino foi sequestrado e morto. A culpa foi colocada como sendo uma vingança de Israel, mas na verdade o rapaz palestino foi sequestrado, espancado, morto e queimado por militantes árabes muçulmanos palestinos, pelo simples fato de ser homossexual, e usado seu assassinato como uma arma de guerra (propaganda) contra Israel.
Mesmo não tendo culpa do caso, mas por pressão internacional, Israel começou a investigar o assassinato do rapaz palestino, chegando a prender seis suspeitos israelenses, mas, infelizmente, o assassinato do rapaz homossexual (feito por próprios palestinos) foi usado como gatilho para o começo desta nova guerra.

Como atua o Hamas
Como suas táticas de guerra, o Hamas se utiliza de muita propaganda (como sempre fizeram grandes potências no passado e atualmente), onde usa de fotos dos conflitos na síria, onde o governo massacra seus cidadãos e o mundo vira as costas para isso, como se fossem mortes causadas por Israel.
Outra tática é o desvio de verbas internacionais, destinadas a ajuda social em Gaza para a construção de túneis até cidades israelenses, com a finalidade de infiltrar militantes terroristas para ataques e sequestros furtivos. Usam do treinamento de crianças e até de mulheres (mulheres-bomba) em suas fileiras de “defesa”. Até animais-bomba já foram encontrados.
Enquanto Israel avisa os moradores das cidades de Gaza que em dado momento, com hora marcada, haverá bombardeio de pontos estratégicos, o Hamas ordena que as pessoas fiquem em suas casas, indo até para o teto e terraços, com a finalidade de servirem de escudos humanos (o que é condenável pela ONU, mas ninguém vê isso, muito pelo contrário, Israel é que pode ser condenado pela morte destes civis, empurrados a morte pelo Hamas).
 O governo autocrático, autoritário, teocrático e fundamentalista de Gaza, o Hamas, se utiliza de residências, hospitais, escolas (duas já confirmadas pela própria ONU) como depósito de armas e mísseis e como ponto de lançamento de foguetes contra Israel.
O Hamas utiliza-se de sequestros, ataques a escolas e locais públicos, escudos humanos, propagandas tendenciosas, etc, como armas de guerra.
Em contrapartida, Israel mantém o fornecimento de água, energia, medicamentos e comida para a faixa de Gaza (devido a controlar a mesma), e ainda montou vários hospitais de campanha para cuidar de feridos palestinos, o que a mídia não mostra.
O bloqueio e controle de Gaza, vem do fato da crescente atuação do terrorismo, que fez com que Israel envolvesse Gaza para tentar conter estes grupos e evitar seu deslocamento para outras países islâmicos, como Egito, Síria, Líbano, Jordânea.
Enfim. Uma solução esta longe de acontecer. Ambos os lados tem seus erros, mas, está claro nesta breve explanação qual o lado hoje que mais esta prejudicando a paz no local, ao negar-se a um entendimento.

Jerusalém
Os futuros habitantes de um estado árabe chamado de Palestina, dividido em duas áreas geográficas (Gaza e Cisjordânia), reivindicam Jerusalém como a capital de seu futuro estado, o que Israel não cede, devido ao fato de que Jerusalém nunca foi citada como cidade sagrada para o Islã; até o Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, cita que Jerusalém é dos judeus, pois aa cidades sagradas muçulmanas são Meca (onde está a Caaba) e Medina (a cidade do profeta).
O fator Jerusalém, que é algo indiscutível, principalmente por fatores históricos, é o ponto que entrava discussões de criação do estado palestino. Hamas, que nem controla a faixa onde esta assentada a divisa com Jerusalém, não aceita ceder neste quesito, que foi uma invenção de militantes árabes contra-judeus nos anos 30, pois antes deste período nem se cogitava no mundo árabe a posse de uma parte que seja de Jerusalém.


E agora? Basta esperar o que ainda está por vir

quarta-feira, 12 de março de 2014

Como ser Professor!

Uma fantástica palestra de Mário Sergio Cortella, na 24º Assembléia Geral da FIUC FEI.

Vale a pena assistir até o final, apesar de referências religiosas, o conteúdo em si é de estrema relevância.

https://www.youtube.com/watch?v=seiw4gwsfYA

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

A banalização da história

Retornando das férias escolares, me deparo com uma situação bem interessante, o achar que se pode ser um historiador por hobbie, motivado por revistas, filmes e telenovelas que pipocam aos montes na atualidade.

É uma pena pessoas pensarem assim, desfazendo do valor, das horas gastas em pesquisas e leituras, das discussões, das pesquisas, dos "insights" em longas noites acompanhado por uma boa xícara de café.

Enfim, pobres pessoas que afogadas no mundo da informação, não conseguem perceber a grandeza do historiador, por isso compartilho com todos nossos leitores assíduos um artigo publicado por Emir Sader, em 22 de janeiro de 2014 e que se encontra no seguinte endereço:http://www.cartamaior.com.br/?%2FBlog%2FBlog-do-Emir%2FA-banalizacao-da-historia%2F2%2F30063&fb_action_ids=567138863378197&fb_action_types=og.recommends&fb_source=other_multiline&action_object_map=%5B480772268698795%5D&action_type_map=%5B%22og.recommends%22%5D&action_ref_map=%5B%5D

A banalização da história

Para Marx, a História é a única ciência social, não porque exclua as outras, mas porque as integra. A Historia não é historiografia, a visão redutiva dos fatos, das datas, dos personagens.

Historicizar um fenômeno é entender como ele foi gerado, em todos os seus aspectos - economico, social, politico, cultural -, como ele se reproduz – conforme suas dimensões objetivas e subjetivas -  e como ele foi ser transformado. Em suma, como se produz a historia humana e como os homens, que produziram, inconscientemente, suas condições de existência e sua própria consciência, podem transformá-la, transformando-se a si mesmos.

Historicizar é desnaturalizar, desconstruir toda forma de fatalismo, de aceitação da realidade como ela é. É encontrar os fios que articulam a realidade, para poder influenciar na sua transformação, pela prática concreta e pela consciência humana que, transformada em força material, adquire capacidade de modificação, de humanização do mundo.

Há algum tempo passaram a proliferar livros de “história” no Brasil, num país tão “sem  história”, tão desacostumado a pensar a sua história, tão pouco convidativa que ela parece ser, como foi ensinada na escola.

Recontar, como se fosse telenovela, episódios como a chegada da monarquia portuguesa ao Brasil – fugindo das tropas napoleônicas – a própria proclamação do pacto de elite pelo qual a independência não introduzia a República no Brasil, mas uma monarquia, e outros episódios como esses. Querem passar a impressão que estão impregnados de história, na sua forma mais tradicional – estudo do passado.

Relatam, mas não explicam nada. Nenhum desses episódios permite entender o que foi o colonialismo no Brasil, como  a exploração do país se apoiou em trabalho escravo. Os dois pilares indispensáveis para entender a história do Brasil, segundo o seu maior historiador, Caio Prado Jr., estão ausentes: o colonialismo e a escravidão, que nos fundaram como país e se tornaram elementos indispensáveis para compreender o país, estão ausentes. Os personagens parecem representar a si mesmos e não a interesses históricos que os transcendem.

Desmoralizam ao invés de reivindicar a história. Vulgarizam ao invés de aprofundá-la. Servem para vender livros e a ilusão de que os incautos que os compram e os leem estão se ilustrando e adentrando na história do país.

Naturalizam ao invés de historicizar, esvaziam de conteúdo histórico os episódios, para transformá-los em banais episódios factuais, protagonizados por personagens de teatro e não por encarnações de relações sociais. Uma operação contra a história como método de desalienação, de compreensão do mundo, em nome da história.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Ser produtivo nem sempre é simples e fácil.

Ser produtivo nem sempre é simples e fácil.

Algumas vezes ser produtivo machuca um pouco.

Desconforto, sentimentos partidos ou até desapontamentos.

Você quer passar pelas dores do curto prazo para poder alcançar suas metas?

Sem Dor, Sem Ganho Na Produtividade?

As pessoas de sucesso sabem que o progresso não é fácil.

É necessário tempo.

Você precisa fazer o trabalho para poder avançar.

Você irá encontrar problemas. Outras vezes você irá falhar.

Você precisa ficar de pé para você, para suas metas e para suas crenças.

Fazer as coisas acontecerem não é algo sem desconforto.

“Algumas vezes você precisa passar pelas dores de curto prazo para chegar aos ganhos de longo prazo.”

De forma a mover-se em direção às suas metas, você talvez precise passar por algumas fores da produtividade.

Veja a lista de algumas coisas que podem te machucar na produtividade:

1)     Dizer não – algumas vezes você precisa dizer não. Você talvez machuque os sentimentos. Ainda assim, se você jamais defender seu próprio tempo, as outras pessoas continuarão a toma-lo até que você não tenha mais nenhum. Dizer não para os outros (e para você mesmo) é uma habilidade necessária para proteger seu tempo;

2)     Não fazer o que você quer – existe um tempo para fazer o que você quer. Entretanto, tenha a disciplina para fazer o que você precisa fazer é o que te move para frente. Você tem a coragem de deixar de lado o que você quer fazer, para poder fazer o que você precisa fazer?

3)     Forçar a si mesmo – alcançar novas conquistas significa esticar seus limites. Você precisará forçar a si mesmo além do que você consegue fazer hoje;

4)     Deixar sua zona de conforto – como diz a frase, se você faz o que sempre fez… você irá conseguir o que sempre conseguiu. Você terá que ficar desconfortável e deixar sua bolha para poder conseguir novos resultados. Isso pode ser desconfortável emocionalmente, assim como fisicamente;

5)     Admitir seus erros – algumas vezes você precisa dar um passo à trás para poder-se mover à frente. Isso pode significar reconhecer um erro, cancelar um projeto que não está dando certo ou reavaliando uma meta. Você está preparado para dar um passo à trás para poder dar dois à frente?

6)     A tarefa que você não quer fazer – existirão coisas que você não vai querer fazer, mas você terá que fazer de qualquer forma. Não importa se for uma tarefa entediante ou simplesmente alguma coisa que não curte, você terá que ser disciplinado o suficiente para concluir este trabalho.

Ficar Desconfortável Para Fazer Progresso

Para se mover em direção à suas metas você talvez tenha que se sentir desconfortável.

Você talvez tenha que passar por um atraso para poder seguir à frente.

E você irá precisar passar por algumas dores de curto prazo para poder fazer progresso.

Procure ter a firmeza e a disciplina para seguir em frente.

Pergunta: Que dor da produtividade você passou para ter progresso em seu trabalho ou vida pessoa?

Grande Abraço,

André Cruz

Artigo retirado de:http://www.professoresdosucesso.com.br/algumas-vezes-a-produtividade-precisa-doer-um-pouco.html

sábado, 30 de novembro de 2013

A lição da História

Existe diferença entre disciplinas dentro da escola? Existe uma disciplina melhor que a outra?

Momento de reflexão!

Um dia, uma tarde ensolarada, uma aula de filosofia onde se discutia sobre princípios de política, um aluno me pergunta:
- Professor, o que é o "poder" ou como se ter "poder"? (as aspas representam a expressão que aluno fez com as mãos).
Não pensei muito e lhe respondi assim:
- Carinha, o Conhecimento é Poder, mas não o Conhecimento pelo próprio conhecimento, mas sim o Conhecimento aplicado. O real poder não vem das armas, da política e nem do dinheiro. Quem tem e sabe o usar o Conhecimento é que tem Poder.

E não é verdade? Quanto pais super ricos, políticos, militares, que não conseguem conversar com o único filho por dez minutos, enquanto que um professor pelo menos convive por 11 meses com mais de 300 alunos, ouvindo seus conflitos, dando conselhos, participando de momentos de alegria e de tristeza dos mesmos, mantendo, de uma turma com 35 alunos, pelo menos a metade, focados em assuntos como "política", poder, etc.

Quem tem o Poder?

É verdade, Conhecimento é poder realmente, mas o Conhecimento Humanizado.

Acabo de ligar a TV, e assinto uma matéria de um quadro de um programa, onde o foco é  inovação dos jovens na área das ciências da natureza. Três jovens do interior do Rio Grande do Norte desenvolvem um processo de aproveitamento de cera de abelha para a conservação de frutas (já que nesta região elas duram pouquíssimo tempo). Mas o que fiquei mais impressionado é com o seguinte fato: Quais os professores, e de quais áreas, envolvidos com o projeto? De Física, de Química ou de Biologia?

Nada disso!

A ideia dos alunos veio inspirada na história dos faraós que usavam cera para conservar suas frutas no calor do deserto, ou seja, o primeiro Professor (com letra maiúscula) envolvido foi o professor de História, que foi além do conteúdo, contando curiosidades. Mas os professores das disciplinas citadas? Acharam que os jovens não iam conseguir nada e não quiseram apoiar a experiência com a cera. A próxima Professora envolvida foi a professorinha de séries iniciais que apoiou os jovens, e hoje eles conquistam o prêmio que pode lhes dar a patente desta inovação que pode transformar a vida da região onde moram.

Então, tem ainda pessoas que me perguntam, pra que serve estudar História. As vezes, tenho vontade de dizer o seguinte:

"Realmente não serve para nada, apenas para mostrar os erros e acertos do passado, para que não caiamos nas mesmas desgraças de povos que já pereceram, para que o Conhecimento seja repassado as próximas gerações, para que a cada nova geração não tenhamos que inventar a roda e domar o fogo, enfim, o Homem sem História simplesmente não existe.

E quanto as disciplinas que os seus respectivos professores se negaram a auxiliar os jovens? Bom, a estes eu apenas peço: Estudem a História da Humanidade, e tornem-se Humanos antes de "cientistas", pois os pais de suas ciências foram antes de tudo filósofos e historiadores.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O que é o Socialismo

Introdução 
Do ponto de vista político e econômico, o comunismo seria a etapa final de um sistema que visa a igualdade social e a passagem do poder político e econômico para as mãos da classe trabalhadora. Para atingir este estágio, deveria-se passar pelo socialismo, uma fase de transição onde o poder estaria nas mãos de uma burocracia, que organizaria a sociedade rumo à igualdade plena, onde os trabalhadores seriam os dirigentes e o Estado não existiria.
Características do socialismo 
Diferentemente do que ocorre no capitalismo, onde as desigualdades sociais são imensas, o socialismo é um modo de organização social no qual existe uma distribuição equilibrada de riquezas e propriedades, com a finalidade de proporcionar a todos um modo de vida mais justo. 
Sabe-se que as desigualdades sociais já faziam com que os filósofos pensassem num meio de vida onde as pessoas tivessem situações de igualdade, tanto em seus direitos como em seus deveres; porém, não é possível fixarmos uma data certa para o início do comunismo ou do socialismo na história da humanidade. Podemos, contudo, afirmar que ele adquiriu maior evidência na Europa, mais precisamente em algumas sociedades de Paris, após o ano de 1840 (Comuna de Paris). 
Na visão do pensador e idealizador do socialismo, Karl Marx, este sistema visa a queda da classe burguesa que lucra com o proletariado desde o momento em que o contrata para trabalhar em suas empresas até a hora de receber o retorno do dinheiro que lhe pagou por seu trabalho. Segundo ele, somente com a queda da burguesia é que seria possível  a ascensão dos trabalhadores. 
A sociedade visada aqui é aquela sem classes, ou seja, onde todas as pessoas tenham as mesmas condições de vida e de desenvolvimento, com os mesmos ganhos e despesas. Alguns países, como, por exemplo, União Soviética (atual Rússia), China, Cuba e Alemanha Oriental adotaram estas idéias no século XX. A mais significativa experiência socialista ocorreu após a Revolução Russa de 1917, onde os bolcheviques liderados por Lênin, implantaram o socialismo na Rússia.
Porém, após algum tempo, e por serem a minoria num mundo voltado ao para o lucro e acúmulo de riquezas, passaram por dificuldades e viram seus sistemas entrarem em colapso. Foi a União Soviética que iniciou este processo, durante o governo de Mikail Gorbachov (final de década de 1980), que implantou um sistema de abertura econômica e política (Glasnost e Perestroika) em seu país. Na mesma onda, o socialismo foi deixando de existir nos países da Europa Oriental. 
Atualmente, somente Cuba, governada por Fidel Castro, mantém plenamente o sistema socialista em vigor. Mesmo enfrentando um forte bloqueio econômico dos Estados Unidos, o líder cubano consegue sustentar o regime, utilizando, muitas vezes, a repressão e a ausência de democracia.
Correntes
Existem várias correntes do socialismo, entre elas as principais são: socialismo democrático, socialismo árabe, socialismo africano, comunismo, eco-socialismo, social anarquismo, social democracia, socialismo utópico, socialismo de mercado e socialismo revolucionário.
Países atuais que seguem o socialismo e são unipartidários:
- República Popular da China, República Popular Democrática da Coreia (Coreia do Norte), República de Cuba, República Socialista do Vietnã e República Democrática Popular do Lao
Socialismo real
O que é (definição)
O socialismo real foi um sistema econômico e político que foi implantado na URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) e consolidado no governo de Josef Stalin (1924 a 1953). É chamado de socialismo real, pois foi colocado em prática em vários países.
Onde existiu e período
Além da União Soviética, o socialismo real foi implantado em diversos países no período subsequente ao fim da Segunda Guerra Mundial. Cuba, China, Coreia do Norte e os países do leste europeu aliados à União Soviética (Hungria, Tchecoslováquia, Albânia, Romênia, Polônia, Iugoslávia, Bulgária e Alemanha Oriental).
O socialismo real vigorou na maioria destes países até o final da década de 1980 e início da década de 1990, quando ocorreram as revoluções no leste europeu, o fim da União Soviética e a Queda do Muro de Berlim. O socialismo real continuou existindo apenas em Cuba e na Coreia do Norte.
Principais características:
- Planificação da economia;
- Estatização dos meios de produção (fábricas, unidades de produção agrícola e bancos);
- Centralização do poder nas mãos de um único partido de orientação socialista;
- Implantação de um sistema forçado de redistribuição de renda, através de controle de salários e atividades econômicas. Este sistema visava acabar com os desiquilíbrios econômicos e desigualdades sociais característicos do sistema capitalista.




O que é o Comunismo

Podemos definir o Comunismo como uma doutrina ou ideologia (propostas sociais, politicas e econômicas), visando a criação de uma sociedade sem a presença de classes (ou castas) sociais. De acordo com esta ideologia, todos os meios de produção (fazendas, fábricas, minas de exploração, etc) passariam a pertencer ao governo, pois deixariam de ser privados e se tornariam públicos.
No campo politico, o Comunismo defende a total ausência do "Estado".
Imaginemos agora uma sociedade assim na prática, pois até agora grandes sociedades comunistas existiram apenas em teoria, sem a fiscalização do Estado (pois este deixaria de existir), como ficariam os serviços básicos à população, como saneamento básico, saúde, educação, segurança?
Se tudo torna-se público, tudo torna-se estatal, ou seja, do Estado. Mas se este Estado inexiste, como que as coisas seriam estatais ou públicas sem este "órgão gestor"?
Quem faria o recolhimento do lixo, tratamento do esgoto, iluminação, etc, já que não se tem empresas privadas ideologicamente e nem estatização de forma politica?

Podemos ver neste brevíssimo resumo que a doutrina Comunista é boa, mas apenas para sociedades pequenas e homogêneas, ou seja, não tem como se aplicar a Estados Politicamente constituídos como os países que conhecemos.

Será que o Comunismo seria uma solução? Ou pelo exposto seria uma grande incoerência?

Para saber mais sobre a Doutrina Comunista recomendamos a leitura das seguintes obras:
O Capital -  de Karl Marx
O Manifesto do Partido Comunista - de Karl Marx e Friedrich Engels

sábado, 22 de junho de 2013

Quem é judeu? Uma outra visão

Pesquisando por ai, encontrei este texto que pode clarear um pouco a discussão sobre quem pode ser considerado Judeu. 

"A pergunta quem é judeu?" gera um grande debate político, social e religioso entre os diversos grupos judaicos, devido ao fato de cada um ter uma interpretação as vezes bastante peculiar sobre quem pode e/ou deve receber esta nomenclatura.Interpretações essas que dependem de qual a sua tradição religiosa (ortodoxa, conservadora, reformista, caraíta) e do espaço geográfico onde se encontram (sefaraditas, asquenazitas, persas, norte - africanos, indianos etc.).

O povo judeu surgiu justamente antes do conceito de religião, pois como sendo um dos poucos povos da antiguidade que ainda existem, trazem consigo este aspecto muito peculiar que na verdade é um ponto de sua diversidade sócio-cultural, e como tal seria uma tremenda imprudência reduzir o povo judeu ou o "judaísmo" a um mero conceito de "religião" apenas.

"Na história recente ocidental, e conseqüentemente na história judaica, uma revolução conceitual levou o judaísmo e o povo judeu a um tempo de grandes mudanças estruturais. A essa revolução, a história deu o nome de iluminismo (Hebraico: השכלה; Haskalá). Nesse período histórico, os antigos grupos religiosos detentores de tradições milenares observaram o nascimento de uma geração que via na criação de grupos com novas formas de pensar a possibilidade de saída de seus guetos milenares, não somente no plano físico, mas também mental e filosófico. Por vezes esses novos grupos distanciaram-se da velha ligação do judeu com a religião judaica-mãe, porém sem nunca perder a sua chama interna de identidade, sentimento esse que é o ponto de aproximação de todos os judeus e a mais importante linha para complexa continuação da nação que é, hoje, esse povo."

"Assim, com a inserção de novas filosofias no seio do judaísmo, dispares concepções surgiram sobre as questões básicas da tradição judaica. E obviamente cada grupo desenvolveu suas discussões de como pode-se definir uma resposta sensata à pergunta constante: "Quem é judeu?". Essa definição de resposta se deu, em sua maioria, sob duas linhas gerais: Pessoa que tenha passado por um processo de conversão ao judaísmo ou pessoa que seja descendente de um membro da comunidade judaica."

"Contudo, esses dois assuntos são repletos de divergências.

Quanto às conversões, existem divergências principalmente sobre a formação dos tribunais judaicos responsáveis pelos atos. Isso faz com que pessoas conversas através de um tribunal judaico reformista ou conservador não sejam aceitas nos círculos ortodoxos e seus rabinos que exigem um tribunal formado somente por rabinos ortodoxos, pois entendem serem outros rabinos incapazes de fazer o converso entender a grandeza da lei que está tomando sobre si. Por outro lado, o judaísmo reformista e conservador, acusa os ortodoxos de fazerem exigências absurdas, não mais se preocupando com a essência do ser judeu e sim, com regras e rigidez desnecessária."

"Já quanto a descendência judaica, a divergência aparece na definição de quem viria a linha judaica, se matrilinearmente, patrilinear ou ambas as hipóteses.

A primeira é a majoritária, sendo apoiada pelo judaísmo rabínico ortodoxo e conservador.

Essa tese têm força e raio de ação maiores por ser adotada pelo Estado de Israel, além de grande parte das comunidades ao redor do mundo.

Porém, a patrilinealidade é defendida pelo judaísmo caraíta e os judeus Kaifeng da China, grupos separados dos grandes centros judaicos e que desenvolveram sob tradições diferentes com base em costumes que remontam há vários séculos passados. Por último, existe a tese que ambos os pais podem dar ao filho a condição de judeu que é defendida pelo judeus reformistas que em março de 1983 por três votos a um reconheceu a validade da descendência paterna mesmo que a mãe não seja judia desde que a criança seja criada como judeu e se identifique com a fé judaica."

"Questões como se os atos podem abalar a identidade judaica, também entram na discussão, como por exemplo, um judeu que faz tatuagens ou até mesmo nega seu próprio judaísmo, pode continuar sendo considerado como tal.

Apesar de um judeu necessariamente não ter que seguir o judaísmo, as autoridades religiosas geralmente enfatizam o risco da assimilação do povo judeu ao abandonar os mandamentos e tradições do judaísmo. Porém defende-se que não importa a geração ou ações futuras de pai ou mãe, o judaísmo e o conseqüente "ser judeu" é um direito natural da criança."

Um fato interessante seria a decisão da "Conferencia Central de Rabinos Americanos" emitida oficialmente em 1983, onde declara que a criança, mesmo sendo filho de pai ou de mãe judia (casamentos mistos), recebe o "status" judaico, desde que criada proxima da comunidade, ou que seja educada no cumprimento de certas Miztov (Brit Milah), recebendo a seu turno um nome hebraico, realizando em seu tempo atos e cerimonias públicas como Bar/Bat Mitzvah, Kabalat Torah, etc.

Sendo assim, os descendentes dos primeiros Anussim ou Marranos herdão o "status" judaico, tanto de suas linhagens matrilineares como patrilineares, pois que continuam guardando em seus seios familiares, além dos nomes, costumes, casamentos endogâmicos, etc.

Esta decisão só vem a validar mais um ponto em favor do reconhecimento da judaicidade dos atuais descendentes dos judeus ibéricos perseguidos pela "Santa Inquisição", pois além de manterem vivas em suas almas muitos costumes particulares que facilmente denunciam sua origem, seus sobrenomes e sua árvore genealógica, hoje acendem a chama de suas "neshamot" através do Amor sincero a Fé de seus ancestrais"

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Por que estudar História? - Laura de Mello e Souza

Retirado de : http://afolhadogragoata.blogspot.com.br/2012/04/por-que-estudar-historia-laura-de-mello_09.html?spref=fb

Laura de Mello e Souza é professora titular de História Moderna da Universidade de São Paulo. É autora de O Diabo e A Terra de Santa Cruz (1986) e O Sol e a Sombra (2006), entre outros livros. Organizou e foi co-autora do primeiro volume de A História da Vida Privada no Brasil.

Para responder esta pergunta, a primeira frase que me ocorre é a resposta clássica dada pelo grande Marc Bloch a seu neto, quando o menino lhe perguntou para que servia a História e ele disse que, pelo menos, servia para divertir. Após 35 anos de vida profissional efetiva, como pesquisadora durante seis anos e, desde então – 29 anos – também como docente na Universidade de São Paulo, considero que a diversão é essencial, entendida no sentido de prazer pessoal: a melhor coisa do mundo é fazer algo que gostamos de fato, e eu sempre adorei História, sempre foi minha matéria preferida na escola, junto com as línguas em geral, sobretudo italiano e português, e sempre mais a literatura que a gramática.

Mas a História é, tenho certeza disso, uma forma de conhecimento essencial para o entendimento de tudo quanto diz respeito ao que somos, aos homens. Os humanistas do renascimento diziam que tudo o que era humano lhes interessava. A História é a essência de um conhecimento secularizado, toda reflexão sobre o destino humano passa, de uma forma ou de outra, pela História. Sociologia, Antropologia, Psicologia, Política, todas essas disciplinas têm de se reportar à História incessantemente, e com tal intensidade que o historiador francês Paul Veyne afirmou, com boa dose de provocação, que como tudo era História, a História não existia (em Como escrever a História). Quando os homens da primeira Época Moderna começaram a enfrentar para valer a questão de uma história secular, que pudesse reconstruir o passado humano independente da história da criação – dos livros sagrados, sobretudo da Bíblia – eles desenvolveram a erudição e a preocupação com os detalhes, os fatos, os vestígios humanos – as escavações arqueológicas, por exemplo – e criaram as bases dos procedimentos que até hoje norteiam os historiadores. Mesmo que hoje os historiadores sejam descrentes quanto à possibilidade de reconstruir o passado tal como ele foi, qualquer historiador responsável procura compreender o passado do modo mais cuidadoso e acurado possível, prestando atenção aos filtros que se interpõem entre ele, historiador, e o passado. Qualquer historiador digno do nome busca, como aprendi com meu mestre Fernando Novais, compreender, mesmo se por meio de aproximações. Compreender importa muito mais do que arquitetar explicações engenhosas ou espetaculares, e que podem ser datadas, pois cada geração almeja se afirmar com relação às anteriores ancorando-se numa pseudo-originalidade.

Sem querer provocar meus companheiros das outras humanidades, eu diria que a Antropologia nasce a partir da História, e porque os homens dos séculos XVI, XVII e XVIII começaram a perceber que os povos tinham costumes diferentes uns dos outros, e que esses costumes deviam ser entendidos nas suas peculiaridades sem serem julgados aprioristicamente. É justamente a partir desse conhecimento específico que os observadores podem estabelecer relações gerais comparativas e tecer considerações, enveredar por reflexões mais abstratas. Portanto, a História permite lidar com as duas pontas do fio que possibilita a compreensão do que é humano: o particular e o geral.

A História é fundamental para o pleno exercício da cidadania. Se conhecermos nosso passado, remoto e recente, teremos melhores condições de refletir sobre nosso destino coletivo e de tomar decisões. Quando dizemos que tal povo não tem memória – dizemos isso frequentemente de nós mesmos, brasileiros – estamos, a meu ver, querendo dizer que não nos lembramos da nossa história, do que aconteceu, por que aconteceu, e daí escolhermos nossos representantes de modo um tanto irrefletido – na história recente do país, o caso de meu estado e de minha cidade são patéticos - de nos sentirmos livres para demolirmos monumentos significativos, fazermos uma avenida suspensa que atravessa um dos trechos mais eloquentes, em termos históricos, da cidade do Rio de Janeiro, o coração da administração colonial a partir de 1763, o palácio dos vice-reis. Quando olho para a cidade onde nasci, onde vivo e que amo profundamente fico perplexa com a destruição sistemática do passado histórico dela, que foi fundada em 1554 e é dos mais antigos centros urbanos da América: refiro-me a São Paulo. Se administradores e elites econômicas tivessem maior consciência histórica talvez São Paulo pudesse ter um centro antigo como o de cidades mais recentes que ela – Boston, Quebec, até Washington, para falar das cidades grandes, que são mais difíceis de preservar.

Não acho que se toda a humanidade fosse alimentada desde o berço com doses maciças de conhecimento histórico o mundo poderia estar muito melhor do que está. Mas a falta do conhecimento histórico é, a meu ver, uma limitação grave e, no limite, desumanizadora. Acho interessante o fato de muitas pesquisas indicarem que, excluindo os historiadores, obviamente, o segmento profissional mais interessado em História é o dos médicos. Justamente os médicos, que lidam com pessoas doentes, frágeis e amedrontadas diante da falibilidade de seu corpo e da inexorabilidade do destino humano. E que têm que reconstituir a história da vida daquelas pessoas, com base na anamnese, para poder ajudá-las a enfrentar seus percalços. Carlo Ginzburg escreveu um ensaio verdadeiramente genial, sobre as afinidades do conhecimento médico e do conhecimento histórico, ambos assentados num paradigma indiciário (refiro-me ao ensaio “Sinais – raízes de um paradigma indiciário”, que faz parte do livro Mitos – emblemas – sinais). Portanto, volto ao início, à diversão, e acrescento: o conhecimento histórico humaniza no sentido mais amplo, porque ajuda a enxergar os outros homens, a enfrentar a própria condição humana

quinta-feira, 21 de março de 2013

Onde ficam nossos direitos I

Hoje é o Dia Internacional da Luta pela Eliminação da Discriminação Racial!

Mas será que temos o que "comemorar"? Com certesa não, temos é que continuar Lutando pelo fim do Racismo, fim do Preconceito Racial, Etnico, Religioso e Ideológico. Mas...

Mas como lutar, se na prórpia escola pública, veja bem PÚBLICA, mantida pelo Estado, e sendo nosso Estado Laico (ou nas palavras do Rab Anderson, Louco), que deve zelar pela nossa constituição (em minusculo mesmo), programam-se nesta época uma Celebração de Pascoa numa Igreja Católica (nada contra religião alguma), e de carater "obrigatório" mesmo que de forma velada. Pois se a mesma celebração conta como dia letivo, como presença para os alunos e como horas para professores e funcionários, é sim uma obrigatoriedade.
...
E justo num dia de luta é que me manifesto! Onde estão os direitos "garantidos" pelo artigo 5º de nossa constituição? Acaso isto não está indo contra uma lei maior? ou acaso nosso estado não é mais laico?

Enfim! Fica aqui minha manifestação em defesa dos DIREITOS HUMANOS, assegurando os direitos etnicos, religiosos e ideológicos!!!

http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/constfed.nsf/045b885516d32f5403256536004c7e14/54a5143aa246be25032565610056c224?OpenDocument

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm