segunda-feira, 9 de junho de 2014

INDEPENDÊNCIA BRASILEIRA?


A LEGALIDADE NO BRASIL E O PROCESSO DE “INDEPENDÊNCIA” BRASILEIRA

Por Prof.: Albo Berro - Pós Graduado em Ensino de História


INTRODUÇÃO

O processo de independência e posterior implantação de uma constituição no Brasil não se deu da noite para o dia, nem tão pouco como por muitos anos se afirmava no pitoresco episódio “o grito do Ipiranga”. Podemos dizer que o processo da implantação da legalidade no país começou muito antes da constituição e do grito de 07 de setembro.
Com a partida da família real para Portugal, além da crise em torno das questões das relações Portugal / Brasil, foi deixado para o recém nomeado príncipe regente D. Pedro de Alcântara uma grande soma de problemas, entre eles o rombo financeiro realizado pelos nobres que retornaram as terras lusitanas e pela própria D. Carlota Joaquina. Mas antes mesmo do desembarque da comitiva real em solo europeu, as cortes estavam exigindo o retorno imediato do regente ao trono português. É neste meio que começam a surgir as primeiras “agremiações” que serviriam de base para os primeiros “partidos-politicos” que aliaram-se para pressionar a permanência de D. Pedro em solo brasileiro através de abaixo-assinados, o que surtiu o efeito desejado, o que encaminhava para um evento inevitável.
Veremos a seguir o desenrolar desta decisão por parte do regente em permanecer no Brasil, mesmo contra a vontade da coroa portuguesa, o que desencadeou o processo de “separação e independência” do Brasil.

DO SETE DE SETEMBRO AO RECONHECIMENTO EXTERNO

As agremiações em questão eram de um lado o Partido Português que defendia uma recolonização do Brasil por parte de Portugal e o seu opositor direto o Partido Brasileiro que era contra uma recolonização, ambos em nada queriam mudar a atual situação escravista e latifundiária e apoiavam a manutenção da monarquia. Mas existiam também, menos expressivas, as alas radicais, formadas por médicos, jornalistas, padres, professores, etc, que pregavam a separação imediata da metrópole e a constituição de uma república.
Como estava proibido de permanecer em solo brasileiro pelas Cortes, o príncipe D. Pedro preparava sua volta a Portugal, o que causou a aliança destas forças políticas que se formaram, organizando inclusive manifestações pela permanência do príncipe no Brasil. Também foram organizados abaixo-assinados que seriam entregues a D. Pedro pelo presidente da Câmara do Rio de Janeiro, vindo este surtir efeito, pois que em 09 de janeiro de 1822, D. Pedro anuncia no famoso discurso do “fico” a sua intenção de ficar no Brasil, contrariando as decisões de Portugal. Tudo isso foi o começo. Começaram as determinações para a garantia da regência, criou-se todo o aparato legal para a administração de D. Pedro. O Príncipe determina que somente terão validade as determinações de Portugal em relação ao Brasil se ele assim determinar, faltando apenas o ato de ruptura.
No dia 07 de setembro de 1822, enquanto voltava de Santos rumo ao Rio de Janeiro, D. Pedro recebe, via mensageiro, as noticias e deliberações recém chegadas das Cortes, onde entre outras coisas colocava o papel do príncipe como um simples representantes das Cortes portuguesas, o que aliado a vários fatores fez com que se desse o polemico “Grito do Ipiranga”, simbolizando então a ruptura final com a coroa portuguesa. Simbolizando devido ao fato de que esta ruptura se iniciou quando a família real deixa o Brasil, e para a independência pouco teve importância, pois toda a estrutura econômica e política foi mantida (latifúndio, escravidão, afastamento do povo, etc).
 Podemos dizer que em relação aos nossos vizinhos americanos o processo de “independência” foi rápido, devido a alguns fatores. O principal foi a presença da Família Real, que deu a estrutura administrativa e modelo econômico escravista e latifundiário, e um outro grande motivo foi a preservação dos privilégios das elites agrárias e a exclusão do povo no processo que se seguiu, também vale destacar a própria presença do príncipe regente que ganhou apoio de comerciantes e funcionários portugueses, o apoio diplomático da Inglaterra, e a presença de muitos mercenários ingleses que faziam uma certa “pressão” em todos os que eram contra a independência.
Mas para o processo ser concluído ainda faltavam alguns pontos, entre eles o reconhecimento externo. Novamente facilitado pela presença do Príncipe. Mas muitas barreiras surgiram. Os EUA temiam que o Brasil se tornasse um império aos moldes absolutistas europeus. Na Europa existiam acordos que decretavam que o reconhecimento só se daria mediante uma negociação entre as partes envolvidas (Brasil e Portugal). Já por parte da Inglaterra eram duplas as preocupações: temiam perder o velho aliado lusitano ou perder o prospero mercado brasileiro, dilema este contornado com muita habilidade de negociação e um grande ganho monetário as custas do novo país nascente.
Sir Charles Stuart (representante da Inglaterra) é enviado ao Brasil para intermediar o processo de reconhecimento de independência por parte de Portugal (mesmo a Inglaterra tendo se comprometido quando do reconhecimento da independência do México e da Colômbia a não mais tomar partido em processos semelhantes no novo mundo) e em agosto de 1825 sela o Tratado de Paz e Aliança, onde Portugal reconhece a “Independência” de sua ex-colônia em troca de uma pequena indenização de 02 milhões de libras esterlinas (montante de que o Brasil não dispunha), mais um titulo honorifico a D. João de “Defensor Perpétuo do Brasil”. Quanto ao valor da indenização, este foi providenciado por parte da Inglaterra como empréstimo, ficando ainda obrigado a não anexar nenhuma outra colônia portuguesa aos seus domínios, e observando a clausula de não cobrar taxa menor de nenhum outro país.
Como podemos verificar, usando de muito maquiavelismo, a Inglaterra “gentilmente” consegue arbitrar na questão da “independência” brasileira, através de um acordo onde ela foi uma das partes beneficiadas, pois conseguiu ao mesmo tempo manter seu antigo aliado peninsular e conseguiu com que a nação brasileira (nascente) ficasse sua dependente comercialmente e financeiramente, devido aos empréstimos concedidos para que o Brasil comprasse sua “independência” de Portugal, visto que foi este o estabelecidos como verificado anteriormente, indeniza-se Portugal pela perda de uma colônia e ainda o seu soberano é homenageado com um titulo de importância pela nação que se forma.

A CONSTITUIÇÃO DE 1824

Mesmo com a Assembléia Constituinte de 1823 onde o povo se manifestou de forma a enfeitar ruas e casas, os mesmos estavam excluídos do processo que se instaurava, pois os deputados e senadores foram eleitos através de voto censitário pelas mãos de “dignos representantes do povo”.
Os debates e polêmicas começaram a surgir muito antes da apresentação do Projeto Constitucional, pois este refletia apenas os direitos da burguesia da época. Assim, os radicais que antes estavam unidos pela independência e em prol de D Pedro, voltaram a se posicionar de forma contraria ao governo, pois pregavam idéias de renovação na estrutura econômica e social vigente, defendiam também o voto do povo, uma possível república o que assustava os conservadores (ricos latifundiários) que divergiam destes, pois queriam garantias aos seus interesses, a restrição de voto, ou melhor, o voto censitário, mas em um ponto ambas alas estavam de acordo que era a manutenção do trabalho escravo.
Com o passar do tempo e o atraso em uma constituição, agravaram-se as tensões. Formaram-se novamente os dois blocos partidários: portugueses que queriam mais poderes ao imperador e brasileiros que queriam uma constituição forte e com certas restrições do poder do imperador. Dentre todos os artigos do projeto constitucional, os artigos 20 1 21 foram de fácil a provação, pois tratavam da inviolabilidade da propriedade privada. O projeto Antonio Carlos (homenagem a um dos deputados) estava entre fogo cruzado, pois os portugueses queriam que tudo ficasse sob a necessidade da sanção do imperador, enquanto os brasileiros queriam a não necessidade. O imperador por sua vez usava de todo seu poder para garantir seus interesses, mas os brasileiros eram maioria, e os irmãos Andrada ao prepararem a aprovação da lei dispensando a sanção do imperador tiveram como resposta à demissão. Como a confusão e quebra-quebra instauraram-se, D. Pedro fechou a Assembléia, intitulou-se defensor do povo, e na manha de 13 de novembro de 1823 (após a “Noite da Agonia”) os deputados foram presos e exilados (entre eles José Bonifácio). Forma-se o Conselho de Estado, com 10 membros que teriam a função de preparar uma Constituição para a nação e finalmente em 25 de março de 1824 o Brasil ganha a sua Constituição. Esta trazia os pontos de discórdia postos em concordância, ampliação dos poderes do governante e instituição do quarto poder, o Poder Moderador, que controlava os outros três, podia demitir e nomear em todos os níveis. Em outras palavras, tínhamos um Absolutismo-Constitucional.
Tínhamos o voto masculino e censitário, e uma separação de eleitores por renda em dinheiro divididos em duas categorias. Uma clara diferenciação entre os cidadãos, apesar de existir respeito aos direitos civis. Deputados com mandatos de 03 anos e os senadores e imperador com cargos vitalícios. A maioria dos cargos era pela nomeação pelo imperador, inclusive os cargos eclesiásticos. Tinha liberdade religiosa, desde que sem cultos públicos. E apesar de algumas revoltas contra a elaboração e promulgação desta, a Constituição de 1824 vigorou sem grandes modificações até a proclamação da república em 1889.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como podemos verificar na analise do texto, a implantação da legalidade no Brasil, juntamente com o seu processo de “independência”, foi marcado por muito jogo de interesses, onde os mais poderosos tiveram êxito, enquanto o povo foi excluído de todo o processo em questão, como se um país que nasce como nação não possuísse povo. Vemos também que esta mesma independência não foi conquistada e sim comprada. Assumiu-se dividas que se arrastaram por muito tempo e ainda temos muitos resquícios deste processo que ainda é muito novo.
Depois desta analise fica um questionamento será que hoje, em pleno século XXI, em um mundo e uma sociedade globalizada, com toda a sorte de informações, de movimentos neoliberais, com as monarquias quase que completam extintas, repúblicas por toda à parte e nós somos realmente Independentes? Ou simplesmente mudamos os títulos dos poderes e continuamos na mesma situação de outrora? Somente o estudo da historia poderá um dia nos responder, ou a resposta esta conosco hoje?

REFERÊNCIAS

UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ. Curso de Graduação em História – Licenciatura, Modernidade, conceitos e valores. Londrina, 2008. p 54 – 59.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Pessach - A festa da Libertação!

Neste ano, por coincidência, o Pessach acontecerá no mesmo período da Páscoa. Esta segunda festa todos sabem o que significa para os cristãos (mais precisamente para os católicos), mas e sobre o Pessach? Você sabe o que significa?

Pessach, palavra de origem hebraica que significa "passagem" e não tem nada, absolutamente nada a ver com a Páscoa. Um grande erro é chamar o Pessach de "páscoa judaica", pois a Páscoa (que é exclusivamente cristã) a ressurreição do personagem principal da Religião Cristã, Jesus.

O Pessach não tem nada a ver com ressurreição, voltar dos mortos, comer chocolate, comer peixe, e nem com coelho da páscoa. O Pessach é uma das festividades (se não a) mais importantes no calendário hebraico, pois relembra o momento onde os hebreus, que estavam na servidão no Egito, conseguem retornar para a terra de seus ancestrais (os patriarcas).

Em Pessach, os judeus do mundo inteiro comemoram a Liberdade. É uma festa cheia de simbolismos, onde se transmite o conhecimento da história da própria formação de nosso povo. Relembramos que o Criador nunca esquece nenhuma de suas criaturas, pois foi nesta data em que, após duros anos de opressão, o povo hebreu recebe a dádiva da liberdade.

Deus envia Moshe (Moisés) para guiar o povo para fora do Egito. Após um embate com Faraó, e sua obstinação em não querer deixar os hebreus voltarem a sua terra, e as terras egípcias serem assoladas por pragas, a fim de mostrar aquele povo tão materialista a grandiosidade de Deus, finalmente os hebreus podem sair, mas logo Faraó se arrepende, retorna a sua ganancia, orgulho e obstinação, perseguindo os hebreus até a beira do "Yam Suf" (traduzido como mar vermelho). Lá acontece o "milagre" da libertação, onde o "Yam" abre-se para que as doze tribos possam sair do materialismo e rumar para a verdadeira existência, Israel.

Na primeira noite de Pessach (algumas comunidades judaicas repetem também na segunda noite), realiza-se o Seder de Pessach, uma refeição festiva, com 15 etapas, que servem para explicar toda esta história, passando pela degustação de alimentos que relembram o sofrimento do povo no deserto e da alegria em receber a liberdade.

Mas o mais significativo desta festividade, é a resposta que o chefe da família fornece a pergunta que um dos filhos é ensinado a realizar, pois neste pequeno diálogo entre pai e filho, encerra-se a grandiosidade desta comemoração para todas as gerações:

"- Pai, porque esta noite é diferente?
- Porque antes eramos escravos, hoje somos Livres!"

Chag Pessach Sameach (uma feliz festa de Pessach) a todos!

sexta-feira, 28 de março de 2014

Evolução Humana

Abaixo colocamos de forma um pouco mais criteriosa, de acordo com recentes descobertas, uma cronologia sobre a evolução do homem.

100 MdA (milhões de anos)
Ancestral genético comum de ratos e humanos.

65 MdA
A Plesiadapis sem pêlos.
Carpolestes simpsoni.
Um grupo de pequenos, noturnos e arborícolas, mamíferos insetívoros chamados Euarchonta inicia especiação que irá resultar nas ordensprimatas, tupaias e lêmures voadores. Os Primatomorpha é uma subdivisão dos Euarchonta que inclui os primatas e os protoprimatasPlesiadapiformes. Um dos mais antigos protoprimatas é o Plesiadapis. Plesiadapis irá ter garras e os olhos localizados em cada lado da cabeça, porque eles serão mais rápidos no chão que no topo das árvores, mas eles começarão a passar mais tempo em partes baixas das árvores, alimentando-se de frutas and folhas.
Um dos últimos Plesiadapiformes foi o Carpolestes simpsoni. Ele tinha tinha dedos preênseis mas não olhos direcionados para a frente.

40 MdA
Os primatas divergiram nas subordens Strepsirrhini (primatas de "focinho úmido") e Haplorrhini (primatas de "foninho seco"). Os Strepsirrhini contém muitos dos prosímios; modernos exemplos incluem os lêmures e os lorises. Os prosímios tarsius, junto dom os símios macacos e grandes macacos hominídeoss são os haplorrhines. Um dos mais antigos entre oshaplorrhines é o Teilhardina asiatica, do tamanho de um rato, criatura diurna com pequenos olhos.

30 MdA
Aegyptopithecus.
Haplorrhini dividem-se nas infraordens Platyrrhini e Catarrhini. Catarrhines foram mais localizados na África que noutros continentes. Um ancestral dos catarrhines provavelmente é Aegyptopithecus. Outros antigos catarrhines incluem Bugtipithecus inexpectans, Phileosimias kamali e Phileosimias brahuiorum, os quais são todos similares aos atuais lêmures. Logo os machos catarrhine ganharam visão colorida mas perderam a sensibilidade aos feromônios.

25 MdA
Proconsul.
Catarrhini dividiu-se em duas superfamílias, "macacos do velho mundo" (Cercopithecoidea) e "grandes macacos" (Hominoidea).
Proconsul foi o mais antigo gênero dos primatas catarrhine. Eles têm um misto de características de "macaco do velho mundo" e "grande macaco". Características dos Proconsul como as dos macacos incluem esmalte dos dentes fino, uma compleição leve com um tórax estreito e membros anteriores curtos, e um estilo de vida arborícola quadrúpede. Suas características de "grande macaco" são a ausência de cauda,cotovelos como dos "grandes macacos", e um levemente maior cérebro relativamente ao tamanho do corpo.
Proconsul africanus é um possível ancestral, tanto de grandes e pequenos macacos, e dos humanos.

15 MdA
Ancestrais do humanos especiam-se dos ancestrais dos gibões.

13 MdA
Ancestrais dos humanos especiam-se dos ancestrais dos grandes macacos.
Acredita-se que Pierolapithecus catalaunicus seja um ancestral comum dos humanos e dos "grandes macacos" ou ao menos uma espécie que nos leve mais perto de um ancestral comum do que qualquer descobertas fóssil anterior.
Pierolapithecus tem adaptações especiais para o escalar de árvores, só como humanos e outros grandes macacos fazem: um largo e plano conjunto de costelas, uma forte e mais baixa coluna, pulsos flexíveis, e omoplatas que situavam-se ao longo de suas costas.

10 MdA
Ancestrais humanos sofrem especiação dos ancestrais dos gorilas.

5 MdA
Sahelanthropus tchadensis.
Ancestrais humanos sofrem especiação dos ancestrais dos chimpanzés. O último ancestral em comum é Sahelanthropus tchadensis. O mais antigo no ramo humano é o Orrorin tugenensis (Millennium Man, Quênia). Tanto chimpanzés e humanos tem laringe que reposiciona-se durante os dois primeiros anos de vida para uma localização entre a faringe e os pulmões, indicando que os ancestrais em comum tinham esta característica, uma precursora da fala.

4,4 MdA
Um esqueleto de Ardipithecus ramidus completo é descrito em 11 artigos - encarte especial - na revista Science¹. O esqueleto completo é vulgarizado como Ardi, que viveu no Plioceno. Ardi, desbancou o esqueleto da "Lucy", a A. afarensis de 3,2 milhões de anos. "Nem chimpanzé, nem humana", é a descrição dada pela Science. Corpo e cabeça de chimpanzé, não andava por longos períodos e não se balançava entre galhos de árvore como os macacos. É um marco entre as espécies do gênero Pan e Australophitecus.

3,7 MdA
Alguns Australopithecus afarensis deixam pegadas em cinzas vulcânicas em Laetoli, Quênia (norte da Tanzania).

3,5 Mda
Kenyanthropus platyops, um possível ancestral do Homo, emerge do gênero Australopithecus.

3 MdA
O bípede australopithecines (antigo hominines) evoluiu nas savanas da Africa sendo caçado pelo Dinofelis. Perda de cabelo corporal toma lugar no período de 3-2 Ma, em paralelo com o desenvolvimento do bipedalismo pleno.

2 MdA
Homo habilis.
Pensa-se que o Homo habilis é o ancestral do mais esguio e sofisticado Homo ergaster, o qual por sua vez deu origem a espécies com aparência mais humana, Homo erectus. Há um debate se seria H. habilis um ancestral humano direto e se muitos fósseis conhecidos são adequadamente atribuídos às espécies.
Veja: Homo rudolfensis

1,8 MdA
Homo erectus evoluiu na Africa .
O Homo erectus carregaria semelhança aos seres humanos modernos, mas tinha um cérebro com aproximadamente 74 % do do homem moderno. Sua testa é menos inclinada e osdentes são menores.
Acredita-se ser o ancestral dos modernos humanos (como Homo heidelbergensis, usualmente tratado como um passo intermediário).

1,75 MdA
Uma reconstituição de Homo erectus.
Dmanisi man / Homo georgicus (Georgia), com minúsculo cérebro e oriundo da África, com características de Homo erectus e Homo habilis.

700 MAA (mil anos atrás)
Ancestral genético comum de humanos e Neanderthal.

355 MAA
Três Homo heidelbergensis com 1,5 m de altura deixaram pegadas em cinza vulcânica solidificada na Itália. Pensa-se que H. heidelbergensis é o ancestral comum tanto do H. neanderthalensis como do H. sapiens: é morfologicamente muito similar ao H. erectus, mas tem uma maior caixa craniana, aproximadamente 93% do tamanho da do H. sapiens. Os indivíduos eram altos, com 1,8 m em média, e mais musculosas que os humanos modernos.

195 MAA
Omo1, Omo2 (Etiópia, Rio Omo ) são os mais antigos Homo sapiens

160 MAA
Homo sapiens (Homo sapiens idaltu) na Etiópia, Rio Awash, Vila Herto, praticavam rituais mortuários e matavam hipopótamos.

150 MAA Nascimento da "Eva mitocondrial" na África. Ela é a fêmea ancestral de todas as linhagens mitocondriais dos humanos hoje vivos.

130 MAA
FOXP2 (gene associado com o desenvolvimento da fala) surge.

100 MAA
Homo sapiens.
Os primeiros humanos anatomicamente modenos (Homo sapiens) surgem na Africa. Pensa-se que algum tempo antes disto, eles evoluiram do Homo heidelbergensis.
Em atual estimativa, humanos tem aproximadamente 20 000–25 000 genes e dividem 98,5 % de seu DNA com seus parentes evolutivos mais próximos, os bonobos.2
A pele do Homo sapiens é relativamente menos peluda que a outros primatas. A cor da pele de humanos contemporâneos pode variar de marrom muito escuro a rosa muito pálido. É geograficamente estratificada e em geral relaciona-se com o nível ambiental de raios UV. A pele humana e a cor do cabelo é controlada em parte pelo gene MC1R. Por exemplo, o cabelo ruivo e a pele pálida de alguns europeus é o resultado de mutações no MC1R. A pele humana tem a capacidade de escurecer (bronzeamento) em respostas à exposição a UV. Variação na habilidade ao bronzeamento solar é também controlada em parte por MC1R.

90 MAA
Humanos modernos chegam à Ásia via duas rotas: uma pelo norte, através do Oriente Médio, e outra rota mais ao sul, pela Etiópia, via Mar Vermelho e sul da Arábia. Mutações causam mudanças de cor na pele permitindo a melhor absorção de luz UV para diferentes latitudes. As modernas "raças" (etnias) iniciam sua formação. Populações africanas mantém mais diversidade em seus genótipos que todos os outros humanos, que são conseqüentemente apenas um subconjunto de diversidade que deixou a África.

74 MAA
Erupção de um supervulcão em Toba, Sumatra, Indonésia e seis anos de invernos nucleares causam um decréscimo da população de Homo sapiens a prováveis dois mil indivíduos apenas.

60 MAA
Nascimento do "Adão Y-cromossomial" na África (provavelmente na Etiópia ou Sudão). Pensa-se que ele é o mais recente ancestral comum dos quais todos os cromossomos Y dos machos humanos descendem.
O Adão Y-cromossomial não é o mesmo indivíduo em todos os pontos na história humana. O mais recente ancestral paterno comum dos humanos hoje vivos é diferente dos humanos que viverão daqui a mil anos no futuro: como as linhagens masculinas desaparecem, um indivíduo mais recente, o Y-mrca de uma sub-árvore de Adão-Y virá a ser o novo Adão-Y.

50 MAA
Modernos humanos expandem-se da para a Austrália (e viriam a ser os atuais aborígenes) e Europa. Expansão ao longo da costa ajuda a mais rápida expansão para o interior dos continentes.

31 MAA
Humanos modernos entram na América do Norte da Sibéria em numerosas ondas migratórias, algumas através da ponte de terra de Bering, mas ondas anteriores provavelmente por saltos de ilha em ilha através das Ilhas Aleutas. Nas últimas duas das primeiras ondas deixaram poucos ou nenhum descendentes genéticos entre os Americanos ao tempo em que Europeus atravessaram o Oceano Atlântico. Humanos chegam às Ilhas Salomão. Humanos movem-se no Japão.
Estima-se que o marcador genético M343 se tenha originado em um indivíduo masculino na África, 30 mil ou mais anos atrás, e tenha se propagado desde então. Este marcador genético é portado pela maioria dos Europeus Ocidentais. Ele é portado por 70 % da população inteira da Inglaterra, cerca de 90 % de algumas partes da Espanha e Irlanda, e é também herança dos Cro-Magnon.

27 MAA
Os Neanderthal se extinguem, deixando os Homo sapiens e Homo floresiensis como as únicas espécies vivas do gênero Homo.

12 MAA
O Homo floresiensis vasta ou inteiramente se extingue aproximadamente nesta época devido a uma erupção vulcânica.

10 MAA
Humanos alcançam a Terra do Fogo na ponta da América do Sul, a última região continental então inabitada por humanos (excluindo a Antárctica).

quarta-feira, 12 de março de 2014

Como ser Professor!

Uma fantástica palestra de Mário Sergio Cortella, na 24º Assembléia Geral da FIUC FEI.

Vale a pena assistir até o final, apesar de referências religiosas, o conteúdo em si é de estrema relevância.

https://www.youtube.com/watch?v=seiw4gwsfYA

sexta-feira, 7 de março de 2014

Shabat! O que os Judeus fazem?

Um pouco sobre o que se faz em Shabat!


Á luz de Velas

O Shabat começa em casa, com o acender de pelo menos duas velas, que simbolizam a alegria e o sagrado, e uma bênção. Algumas famílias adicionam uma outra vela para cada criança. Quem acende as velas, em geral as mulheres, dá as boas vindas ao Shabat com um gesto sobre as velas, depois cobre os olhos.

Lendo a Torá

Cada Shabat recebe o nome do trecho da leitura semanal da Torá, a parte central do serviço matinal. O rolo da Torá, o objeto mais sagrado do judaísmo, é levado para a bima, a mesa de leitura no palco, em uma procissão. É uma grande honra ler a Torá, como rabino á direita, ou ser chamado para ficar de pé na bima durante a leitura.

Havdalá

Assim como sua chegada, a partida do Shabat é celebrada com orações e cerimônias. Quando podem ser vistas três estrelas, o Shabat é suspenso até a próxima semana e celebra-se Havdalá com uma bênção sobre o vinho, especiarias e uma vela trançada. Isso é separação entre o sagrado do Shabat e os dias comuns da semana. As crianças se revezam pars segurar a vela e sentir o cheiro doce das especiarias.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

A banalização da história

Retornando das férias escolares, me deparo com uma situação bem interessante, o achar que se pode ser um historiador por hobbie, motivado por revistas, filmes e telenovelas que pipocam aos montes na atualidade.

É uma pena pessoas pensarem assim, desfazendo do valor, das horas gastas em pesquisas e leituras, das discussões, das pesquisas, dos "insights" em longas noites acompanhado por uma boa xícara de café.

Enfim, pobres pessoas que afogadas no mundo da informação, não conseguem perceber a grandeza do historiador, por isso compartilho com todos nossos leitores assíduos um artigo publicado por Emir Sader, em 22 de janeiro de 2014 e que se encontra no seguinte endereço:http://www.cartamaior.com.br/?%2FBlog%2FBlog-do-Emir%2FA-banalizacao-da-historia%2F2%2F30063&fb_action_ids=567138863378197&fb_action_types=og.recommends&fb_source=other_multiline&action_object_map=%5B480772268698795%5D&action_type_map=%5B%22og.recommends%22%5D&action_ref_map=%5B%5D

A banalização da história

Para Marx, a História é a única ciência social, não porque exclua as outras, mas porque as integra. A Historia não é historiografia, a visão redutiva dos fatos, das datas, dos personagens.

Historicizar um fenômeno é entender como ele foi gerado, em todos os seus aspectos - economico, social, politico, cultural -, como ele se reproduz – conforme suas dimensões objetivas e subjetivas -  e como ele foi ser transformado. Em suma, como se produz a historia humana e como os homens, que produziram, inconscientemente, suas condições de existência e sua própria consciência, podem transformá-la, transformando-se a si mesmos.

Historicizar é desnaturalizar, desconstruir toda forma de fatalismo, de aceitação da realidade como ela é. É encontrar os fios que articulam a realidade, para poder influenciar na sua transformação, pela prática concreta e pela consciência humana que, transformada em força material, adquire capacidade de modificação, de humanização do mundo.

Há algum tempo passaram a proliferar livros de “história” no Brasil, num país tão “sem  história”, tão desacostumado a pensar a sua história, tão pouco convidativa que ela parece ser, como foi ensinada na escola.

Recontar, como se fosse telenovela, episódios como a chegada da monarquia portuguesa ao Brasil – fugindo das tropas napoleônicas – a própria proclamação do pacto de elite pelo qual a independência não introduzia a República no Brasil, mas uma monarquia, e outros episódios como esses. Querem passar a impressão que estão impregnados de história, na sua forma mais tradicional – estudo do passado.

Relatam, mas não explicam nada. Nenhum desses episódios permite entender o que foi o colonialismo no Brasil, como  a exploração do país se apoiou em trabalho escravo. Os dois pilares indispensáveis para entender a história do Brasil, segundo o seu maior historiador, Caio Prado Jr., estão ausentes: o colonialismo e a escravidão, que nos fundaram como país e se tornaram elementos indispensáveis para compreender o país, estão ausentes. Os personagens parecem representar a si mesmos e não a interesses históricos que os transcendem.

Desmoralizam ao invés de reivindicar a história. Vulgarizam ao invés de aprofundá-la. Servem para vender livros e a ilusão de que os incautos que os compram e os leem estão se ilustrando e adentrando na história do país.

Naturalizam ao invés de historicizar, esvaziam de conteúdo histórico os episódios, para transformá-los em banais episódios factuais, protagonizados por personagens de teatro e não por encarnações de relações sociais. Uma operação contra a história como método de desalienação, de compreensão do mundo, em nome da história.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Ser produtivo nem sempre é simples e fácil.

Ser produtivo nem sempre é simples e fácil.

Algumas vezes ser produtivo machuca um pouco.

Desconforto, sentimentos partidos ou até desapontamentos.

Você quer passar pelas dores do curto prazo para poder alcançar suas metas?

Sem Dor, Sem Ganho Na Produtividade?

As pessoas de sucesso sabem que o progresso não é fácil.

É necessário tempo.

Você precisa fazer o trabalho para poder avançar.

Você irá encontrar problemas. Outras vezes você irá falhar.

Você precisa ficar de pé para você, para suas metas e para suas crenças.

Fazer as coisas acontecerem não é algo sem desconforto.

“Algumas vezes você precisa passar pelas dores de curto prazo para chegar aos ganhos de longo prazo.”

De forma a mover-se em direção às suas metas, você talvez precise passar por algumas fores da produtividade.

Veja a lista de algumas coisas que podem te machucar na produtividade:

1)     Dizer não – algumas vezes você precisa dizer não. Você talvez machuque os sentimentos. Ainda assim, se você jamais defender seu próprio tempo, as outras pessoas continuarão a toma-lo até que você não tenha mais nenhum. Dizer não para os outros (e para você mesmo) é uma habilidade necessária para proteger seu tempo;

2)     Não fazer o que você quer – existe um tempo para fazer o que você quer. Entretanto, tenha a disciplina para fazer o que você precisa fazer é o que te move para frente. Você tem a coragem de deixar de lado o que você quer fazer, para poder fazer o que você precisa fazer?

3)     Forçar a si mesmo – alcançar novas conquistas significa esticar seus limites. Você precisará forçar a si mesmo além do que você consegue fazer hoje;

4)     Deixar sua zona de conforto – como diz a frase, se você faz o que sempre fez… você irá conseguir o que sempre conseguiu. Você terá que ficar desconfortável e deixar sua bolha para poder conseguir novos resultados. Isso pode ser desconfortável emocionalmente, assim como fisicamente;

5)     Admitir seus erros – algumas vezes você precisa dar um passo à trás para poder-se mover à frente. Isso pode significar reconhecer um erro, cancelar um projeto que não está dando certo ou reavaliando uma meta. Você está preparado para dar um passo à trás para poder dar dois à frente?

6)     A tarefa que você não quer fazer – existirão coisas que você não vai querer fazer, mas você terá que fazer de qualquer forma. Não importa se for uma tarefa entediante ou simplesmente alguma coisa que não curte, você terá que ser disciplinado o suficiente para concluir este trabalho.

Ficar Desconfortável Para Fazer Progresso

Para se mover em direção à suas metas você talvez tenha que se sentir desconfortável.

Você talvez tenha que passar por um atraso para poder seguir à frente.

E você irá precisar passar por algumas dores de curto prazo para poder fazer progresso.

Procure ter a firmeza e a disciplina para seguir em frente.

Pergunta: Que dor da produtividade você passou para ter progresso em seu trabalho ou vida pessoa?

Grande Abraço,

André Cruz

Artigo retirado de:http://www.professoresdosucesso.com.br/algumas-vezes-a-produtividade-precisa-doer-um-pouco.html