terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Megatério e Gliptodontes

Ao estudarmos o povoamento das américas, nos deparamos com os primeiros coletores-caçadores, e seus habitos alimentares peculiares. E um dos pontos curiosos foi justamente sobre o tipo de caça que praticavam, a de pequenos animais.

Mas, devido a situações de necessidade, fome, e principalmente oportunidades, estes primeiros povoadores americanos se aventuravam a caçar outros aminais que povoavam a fauna local, como nos contam as historiadoras Mozer e Telles (Descobrindo a história. 5ª série, Brasil:Colônia).

Um destes animais chamado de "Megatério", nada mais é do que conhecemos popularmente como preguiça gigante que habitou as américas ao longo dos periodos Plioceno e Pleistoceno (cerca de 20 mil anos atrás).

Era um herbivoro de 4 toneladas e aproximadamante 4 metros de altura. Acreditasse que se extinguiu graças a ação predatória de nossa espécie.
 
Outro animal que também fazia parte do "cárdapio" extraordinário de nossos primeiros americanos era um mamifero chamado de "Gliptodonte", um animal extinto e tido como antepassado doa atuais tatus. Media cerca de 3 metros de altura e pesava em torno de 1,4 toneladas (o equivalente a um fusca).

Estes animais originários da América do Sul (mais precisamente Rio Grande do Sul e Argentina), sendo extinto aproximadamente. Alguns destes homens primitivos usavam as carapaças destes animais como proteção e habitação (as mesmas chegavam a medir cerca de 4 metros de conprimento e 1,5 metro de altura).
 
 
Abaixo vemos uma relação entre estes dois animais e um homem adulto atual.


Rota dos homens para as Américas


Como prometido, abaixo se encontram alguns mapas que mostram as principais teorias das prováveis rotas de migração dos primeiros grupos humanos que vieram povoar o continente americano.


Mapa retirado da obra "Descobrindo a História" 5ª sárie - Brasil:Colônia, de Sônia Mozer e Vera Telles. 2ª edição - 2008.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Quem é judeu?

A pergunta "quem é judeu?" gera um grande debate político, social e religioso entre os diversos grupos judaicos, devido ao fato de cada um ter uma interpretação as vezes bastante peculiar sobre quem pode e/ou deve receber esta nomenclatura.Interpretações essas que dependem de qual a sua tradição religiosa (ortodoxa, conservadora, reformista, caraíta) e do espaço geográfico onde se encontram (sefaraditas, asquenazitas, persas, norte-africanos, indianos etc.).
O povo judeu surgiu justamente antes do conceito de religião, pois como sendo um dos poucos povos da antiguidade que ainda existem, trazem consigo este aspecto muito peculiar que na verdade é um ponto de sua diversidade sócio-cultural, e como tal seria uma tremenda imprudencia reduzir o povo judeu ou o "judaismo" a um mero conceito de "religião" apenas.
"Na história recente ocidental, e consequentemente na história judaica, uma revolução conceitual levou o judaísmo e o povo judeu a um tempo de grandes mudanças estruturais. A essa revolução, a história deu o nome de iluminismo (Hebraico: השכלה;Haskalá). Nesse período histórico, os antigos grupos religiosos detentores de tradições milenares observaram o nascimento de uma geração que via na criação de grupos com novas formas de pensar a possibilidade de saída de seus guetos milenares, não somente no plano físico, mas também mental e filosófico. Por vezes esses novos grupos distanciaram-se da velha ligação do judeu com a religião judaica-mãe, porém sem nunca perder a sua chama interna de identidade, sentimento esse que é o ponto de aproximação de todos os judeus e a mais importante linha para complexa continuação da nação que é, hoje, esse povo."
"Assim, com a inserção de novas filosofias no seio do judaísmo, dispares concepções surgiram sobre as questões básicas da tradição judaica. E obviamente cada grupo desenvolveu suas discussões de como pode-se definir uma resposta sensata à pergunta constante: "Quem é judeu?". Essa definição de resposta se deu, em sua maioria, sob duas linhas gerais: Pessoa que tenha passado por um processo de conversão ao judaísmo ou pessoa que seja descendente de um membro da comunidade judaica."
"Contudo, esses dois assuntos são repletos de divergências. Quanto às conversões, existem divergências principalmente sobre a formação dos tribunais judaicos responsáveis pelos atos. Isso faz com que pessoas conversas através de um tribunal judaico reformista ou conservador não sejam aceitas nos círculos ortodoxos e seus rabinos que exigem um tribunal formado somente por rabinos ortodoxos, pois entendem serem outros rabinos incapazes de fazer o converso entender a grandeza da lei que está tomando sobre si. Por outro lado, o judaísmo reformista e conservador, acusa os ortodoxos de fazerem exigências absurdas, não mais se preocupando com a essência do ser judeu e sim, com regras e rigidez desnecessária."
"Já quanto a descendência judaica, a divergência aparece na definição de quem viria a linha judaica, se matrilinearmente, patrilinearmente ou ambas as hipóteses. A primeira é a majoritária, sendo apoiada pelo judaísmo rabínico ortodoxo e conservador. Essa tese têm força e raio de ação maiores por ser adotada pelo Estado de Israel, além de grande parte das comunidades ao redor do mundo. Porém, a patrilinealidade é defendida pelo judaísmo caraíta e os judeus Kaifeng da China, grupos separados dos grandes centros judaicos e que desenvolveram sob tradições diferentes com base em costumes que remontam a vários séculos passados. Por último, existe a tese que ambos os pais podem dar ao filho a condição de judeu que é defendida pelo judeus reformistas que em março de 1983 por três votos a um reconheceu a validade da descendência paterna mesmo que a mãe não seja judia desde que a criança seja criada como judeu e se identifique com a fé judaica."
"Questões como se os atos podem abalar a identidade judaica, também entram na discussão, como por exemplo um judeu que faz tatuagens ou até mesmo nega seu próprio judaísmo, pode continuar sendo considerado como tal. Apesar de um judeu necessariamente não ter que seguir o judaísmo, as autoridades religiosas geralmente enfatizam o risco da assimilação do povo judeu ao abandonar os mandamentos e tradições do judaísmo. Porém defende-se que não importa a geração ou ações futuras de pai ou mãe, o judaísmo e o consequente "ser judeu" é um direito natural da criança."
Um fato interessante seria a decisão da "Conferencia Central de Rabinos Americanos" emitida oficialmente em 1983, onde declara que a criança, mesmo sendo filho de pai ou de mãe judia (casamentos mistos), recebe o "status" judaico, desde que criada proxima da comunidade, ou que seja educada no cumprimento de certas Miztov (Brit Milah), recebendo a seu turno um nome hebraico, realizando em seu tempo atos e cerimonias públicas como Bar/Bat Mitzvah, Kabalat Torah, etc.
Sendo assim, os descendentes dos primeiros Anussim ou Marranos herdão o "status" judaico, tanto de suas linhagens matrilineares como patrilineares, pois que continuam guardando em seus seios familiares, além dos nomes, costumes, casamentos endogâmicos, etc.
Esta decisão só vem a validar mais um ponto em favor do reconhecimento da judaicidade dos atuais descendentes dos judeus ibéricos perseguidos pela "Santa Inquisição", pois alé de manterem vivas em suas almas muitos costumes particulares que facilmente denunciam sua origem, seus sobrenomes e sua árvore genealógica, hoje acendem a chama de suas "neshamot" através do Amor sincero a Fé de seus ancestrais

Marrano - A Origem

O presente artigo faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso da Graduação em História, sob o Título de "Movimento Anussim - O difícil retorno ao lar", devendo ser respeitado os direitos de autoria.

O Elemento étnico-sócio-cultural denominado "marrano", anussim ou bnei anussim, é fruto de uma longa luta dentro da própria história, vindo a ser hoje um indivíduo de certa forma "marginalizado" dentro de seu próprio mundo, como que se vivendo em um limbo ideológico, pois não se vê como cristão e não é "aceito" como judeu, mas de onde provem este termo que o designa?

O movimento Anussim, Bnei Anussim, Marranos ou Retornados, surge de algumas décadas pra cá como um movimento organizado ou que vem se organizando em alguns pontos do país e do mundo, como forma de resgate étnico e cultural dos então descendentes de judeus que foram perseguidos pelas inquisições portuguesa e espanhola há aproximadamente quatro séculos atrás e que hoje tentam reclamar seu direito a uma identidade cultural, a fazer parte de um povo, mas que de certa forma se sentem descriminados de um lado pelo ocidente (cristãos) que não os vê como iguais e de outro pela própria comunidade judaica que os vê com um ar de desconfiança e requer uma enorme burocracia para aceita-los de volta ao seio do povo judeu.

Quem é e de onde veio o “marrano”

O termo Marrano que em espanhol significa porco ou leitão de acordo com as pesquisa de David Maeso (1977) “tem um forte significado pejorativo que veio a ser designativo dos judeus que se converteram ao cristianismo, se não de forma sincera, mas ao menos para escapar dos perigos que representava o tribunal da santa inquisição”. Já segundo Lipiner (1977), a terminologia é muito mais antiga do que o significado anterior. Apresenta as definições de Marrano como sendo de origem hebraica ou aramaica: Mumar, que significa converso, oriundo da raiz hebraica mumar acrescido de sufixo em idioma castelhano ano vindo a derivar mumrrano, que abreviando torna-se marrano, designando justamente o convertido a fé cristã católica romana. Poderia ser ainda uma acomodação para as línguas ibéricas do vocábulo hebraico Marit-ayn que significa aparência, pois muitos destes convertidos o eram somente em aparência, pois dentro de seus lares continuariam a professar e praticar a fé judaica. Ocorre ainda a referencia a outras formas ou origens, como os termos Mar-anús: designando o homem batizado à força, de forma amargurante e humilhante, onde o vocábulo Mar em hebraico significa amargo e Anus, em hebraico, significa forçado, violentado.

Mais recentemente, com o constante crescimento de movimentos de legalização da causa marrana, paulatinamente vem-se substituindo este termo, que para muito ainda soa pejorativamente por um outro, também de origem hebraica que seria Ben Anus ou Bnei Anussim, onde ben significa filho em hebraico e bnei como forma plural de ben, da mesma forma o termo anus ganha sua forma plural em anussim.

Entende-se de fato que ambos todos os termos citados, seja Marrano, Bnei Anussim, ou simplesmente Anussim, vem a designar o judeu de origem ibérica que no período compreendido entre os séculos XIII e XV teve de optar pela conversão forçada ao catolicismo romano ou a morte, e que sofreu ainda até o século XIX, mas precisamente no ano de 1821 uma dura e forte perseguição, justamente por ainda praticarem o judaísmo familiar. Assim com o passar do tempo, veio a ganhar significados pejorativos, sempre ou quase sempre relacionados com uma das mais importantes práticas ou regras alimentares da fé judaica que é justamente a não ingestão de carne de porco.

Portanto, os termos, Marrano, Anus, Ben Anus, juntamente com seus plurais e femininos respectivos se referem aos Judeus da península ibérica (Portugal e Espanha) que foram obrigados a professarem a fé católica romana, e também aos descendentes que nos dias de hoje buscam retornar a fazer parte de forma oficial ou não de todo o legado histórico-sócio-cultural de seus antepassados, e que foram ao longo do tempo deixando sua marca na construção da nação que hoje povoa o território das Américas, mas precisamente o Brasil (que é o enfoque referencial deste trabalho).


RODRIGUES, Albo Berro. Movimento Anussim: O difícil retorno ao lar. 2010. 34 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso de Licenciatura em História, Universidade Norte do Paraná, Ijuí, 2010.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Conceitos de "Amor" para os gregos


          Como observamos em sala de aula, os gregos possuiam várias palavras para exprimir os "N" conceitos de amor para sua cultura.

          Vamos a eles:

 •O érōs de Eros (ἔρως) significa a palavra grega moderna “ erotas ”,que origina a palavra "Erotismo". O Eros pode ser interpretado como um amor para alguém que você ama mais do que o amor de amizade. Pode também aplicar-se a datar relacionamentos bem como a união. Embora o eros seja sentido inicialmente para uma pessoa, com contemplação transforma-se numa apreciação da beleza dentro dessa pessoa, ou transforma-se mesmo a apreciação da beleza própria.

•A philos de Philia (φιλία), amizade no grego moderno, um amor virtuoso desapaixonado, era um conceito desenvolvido por Aristóteles. Inclui a lealdade aos amigos, à família, e à comunidade, e requer a virtude, a igualdade e a familiaridade. Em textos antigos, a philia denota um tipo de amor global, usado como amor entre a família, entre amigos, um desejo ou a apreciação de uma atividade, bem como entre amantes.

 •O agápē de Ágape (ἀγάπη) significa o “amor” no grego moderno atual. O s'agapo do termo significa “eu te amo” em grego. A palavra ” agapo “ vem do vocábulo “amor”. No grego antigo se refere frequentemente a uma afeição mais ampla do que à atração sugerida pelo ” eros “; o agape é usado em textos antigos para designar sentimentos como uma refeição boa, a afeição de uma criança, e os sentimentos não carnais entre os os cônjuges. Pode ser descrito como o sentimento de estar satisfeito ou de se ter em consideração elevada.

 •Fraternal (στοργή) do grego moderno; é a afeição natural, como aquela que que os pais sentem pela prole. Usado raramente em trabalhos antigos, e então quase exclusivamente para descrever os relacionamentos dentro da família.

 •Thelema no grego moderno; É o desejo de fazer algo, estar ocupado, estar em proeminência.

 •Xenia (ξενία xenía), hospitalidade, era uma prática extremamente importante na Grécia antiga. Era uma amizade quase ritualizada formada entre um o dono da hospedagem e os seus clientes, que poderiam ser desconhecidos ou não. O acolhimento e a alimentação desdes trimestralmente para o hóspede, que era esperado apenas para retribuir com gratidão.

 •Storge. O nome da divindade grega da amizade é Storge. Por isso, quem tende a ter esse estilo de amor valoriza a confiança mútua, o entrosamento e os projetos compartilhados. O romance começa de maneira tão gradual que os parceiros nem sabem dizer quando exatamente. A atração física não é o principal. Os namorados-amigos não tendem a ter relacionamentos calorosos, mas sim tranquilos e afetuosos. Preferem cativar a seduzir. E, em geral, mantêm ligações bastante duradouras e estáveis. O que conta é a confiança mútua e os valores compartilhados. Os amantes do tipo storge revelam satisfação com a vida afetiva. Acontece geralmente entre grandes amigos. Normalmente os casais com este tipo de amor conhecem muito bem um ao outro.

          Enfim, como podemos observar, vários conceitos para uma "ideia", o Amor...

          Qual destes você realmente conhece?


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

13 Princípios para a vida


          Entramos finalmente em mais um "ano novo", e porque não por em prática todas as espectativas projetadas no final do ano anterior?
          Sabemos que realmente não é uma situação muito fácil, mas também não se torna uma empreitada impossivel, basta ter persistência. E para tornar esta aventura mais interessante, colocaremos um recurso chamado de "13 Princípios da Kabalah", mas que servem para a vida de cada indivíduo engajado em se tornar uma pessoa melhor. Vamos lá.

Um - Não acredite numa única palavra que ler. Faça um test-drive das lições que aprender;

Dois - Existem duas realidades básicas: Nosso mundo do 1% e o mundo dos 99% da Luz;

Três - Tudo o que o ser humano verdadeiramente deseja da vida é a Luz Espiritual;

Quatro - O propósito da vida é a transformação espiritual, de um ser Reativo a um ser Próativo;

Cinco - No momento de nossa transformação, fazemos contto com o mundo dos 99%;

Seis - Nunca - e esse nunca quer dizer nunca mesmo - Jogue a cupa em outras pessoas ou eventos externos;

Sete - Resistir a nossos impulsos reativos cria Luz duradoura;

Oito - O comportamento reativo cria centelhas intensas de luz, mas no final deixa escuridão em seu despertar;

Nove - Obstáculos são nossa oportunidade de nos conectarmos com a Luz;

Dez - Quanto maior o obstáculo, maior a Luz em potencial;

Onze - Quando os desafios parecem avassaladores, injete certeza. A Luz sempre está lá;

Doze - Todos os traços negativos que identificamos nos outros são simplesmente reflexo de nossos próprios traços negativos, Apenas mudando a si mesmo é que você pode ser a mudança nos outros;
Treze - "Ama a teu próximo como a ti mesmo. Todo o resto é comentário. Agora vai e estuda".

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Livro Novo


Finalmente começamos mais um ano letivo, com muitas novidades (nem todas boas), mas...

Enfim, o aprendizado sempre é contínuo (e assim deve ser), pois nunca sabemos tudo, nem somos os detentores da verdade, e a própria caminhada nos mostra que as dificuldades nada mais são do que pequenas avaliações do percurso, por isso não nos deteremos a focar nestes "contratempos".

Outras vezes ficamos temerosos de mostrar nosso aprendizado, nosso conhecimento, mas não é esse o enfoque deste post. Acada de ser lançado mais um novolivro, que será de grande auxílio como fonte de pesquisa sobre a temática "Anussim". Este trabalho de conclusão do curso de História, foi aprovado com conceito "Excelente", com uma gama de referências bibliográficas que podem servir para ampliar o conhecimento.


https://www.clubedeautores.com.br/book/141411--Movimento_Anussim

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Diários de um Kabalista

Os Diários de um Kabalista, são a reunião de reflexões e meditações sobre o estudo das Parashiot (singular Parashah), que são porções ou partes da Torah (os 05 primeiros livros da Bíblia). O livro possui o intuito de introduzir o leitor nos mistérios da sabedoria mística da Kabalah. Venha descobrir o que é a Kabalah e o que esta sabedoria pode fazer por sua vida!